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Maierovitch: Prisão de Silvinei cheira a arbítrio se não tiver explicação

O colunista do UOL Wálter Maierovitch questionou a prisão preventiva de Silvinei Vasques por suposta interferência nas eleições de 2022 e cobrou explicações da Polícia Federal.

Sem dúvida, os fatos são gravíssimos, mas os crimes estão em apuração. Agora, a regra é a liberdade, pois as pessoas são presumidamente inocentes. É preciso algo para quebrar essa regra. O que ele estava fazendo para justificar uma prisão provisória? A gravidade, por si só, não autoriza essa prisão preventiva. Wálter Maierovitch, colunista do UOL

Em participação no UOL News, Maierovitch explicou, do ponto de vista jurídico, que falta à Polícia Federal justificar a prisão provisória de Vasques, com base elementos posteriores à ação da PRF nas eleições - por exemplo, uma obstrução às investigações. A ausência desse detalhamento, até agora, causa preocupação ao colunista pelo uso que os bolsonaristas podem fazer do episódio.

Esse é um momento delicado. Estamos com uma CPI em andamento. Os golpistas estão reagindo e se vitimizando. O que se exige do lado das autoridades, principalmente dos magistrados, é o caminho da legalidade e da legitimidade. As instituições judiciais precisam mostrar que aplicam as leis e não atuam por vingança. Wálter Maierovitch, colunista do UOL

Casarões: Prisão de Silvinei ajuda democracia brasileira se foi feita pelas razões corretas

Assim como Maierovitch, Guilherme Casarões também questionou os motivos para a PF prender Silvinei preventivamente. Na opinião do cientista político, as evidências indicam que ela 'foi correta" e, por isso, terá contribuição positiva para a democracia no país.

Por um lado, há a sensação de que a justiça está sendo feita. Não sei se é hora de comemorar de maneira tão efusiva nas redes sociais. Feita pelas razões certas, a prisão de Silvinei é correta e ajuda a democracia brasileira e as investigações para, de fato, entendermos como foi esse grande arco golpista, que não começa em 8 de janeiro, mas tem origens no 7 de setembro e com um ponto importante em 30 de outubro. Guilherme Casarões, cientista político

Josias: A cada nova prisão, ressurge a dúvida: e Bolsonaro?

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Ao analisar a prisão de Silvinei Vasques, Josias de Souza relembrou os casos de Mauro Cid e de Anderson Torres, personagens que orbitavam em torno de Jair Bolsonaro. Para o colunista, o cerco está se fechando para o ex-presidente, mas por enquanto ele ainda se mostra inatingível pelas investigações.

Do ponto de vista jurídico, a prisão de Silvinei é mais uma fagulha para incendiar as redes antissociais bolsonaristas contra o STF. Sob a ótica política, potencializa a percepção de que o bolsonarismo desmedido dá cadeia. A cada nova prisão, ressurge a mesma indagação incômoda: e o Bolsonaro? Quando ele chegará à cadeia? Por ora, a impunidade lhe dá uma aparência de invulnerabilidade que o torna mais igual do que os seus subordinados. Josias de Souza, colunista do UOL

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