Maierovitch: Ainda não há necessidade de prender Bolsonaro preventivamente
O colunista do UOL Wálter Maierovitch avaliou que ainda não é o momento de se pedir a prisão preventiva de Jair Bolsonaro por seu envolvimento no escândalo das joias.
Vamos ao ponto em que a Constituição diz 'princípio da necessidade'. Qual é a necessidade? Estaremos em uma antecipação de condenação. Os elementos estão aí. Alguém com um neurônio tem dúvida da participação de Bolsonaro nisso e de que ele é chefe da organização criminosa? Vamos devagar. Ainda está cedo. Wálter Maierovitch, colunista do UOL
Em participação no UOL News, Maierovitch avalia que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes deve autorizar em breve a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro em meio às investigações sobre o escândalo das joias. O colunista defende esta medida, embora considere difícil o ex-presidente ter deixado algum vestígio em suas movimentações bancárias.
Ele precisa deferir, porque se não fará com que a investigação não atinja o seu objetivo, que é a busca da verdade e do que aconteceu. Não tenho dúvida alguma de que será deferido. Diante de fatos graves, há essa necessidade, embora todos saibam que Bolsonaro paga tudo em dinheiro. Ele não é daqueles que deixa rastro em conta corrente. Wálter Maierovitch, colunista do UOL
Sakamoto: Letalidade policial na Bahia coloca em xeque discurso do governo Lula
Leonardo Sakamoto avaliou que a letalidade da polícia da Bahia, sob comando do PT e que matou 1.464 pessoas em 2022, vai contra o discurso de Lula sobre direitos humanos. O colunista condenou a justificativa do governo da Bahia para a alta taxa de letalidade da sua polícia e considerou que o estado copiou o exemplo ruim do Rio de Janeiro de "atirar primeiro e perguntar depois".
É uma situação complicada e coloca em xeque o discurso de direitos humanos de Lula. Já passou da hora de o presidente e o Ministério da Justiça tentarem aplicar um plano nacional de redução da letalidade policial. Isso gera muito ruído entre aqueles grupos mais à direita da sociedade, que defendem que 'bandido bom é bandido morto', e não preso e processado. Vamos ver se o governo Lula terá coragem de fazer isso. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Josias: Cercada pela PF, quadrilha das joias rói prestígio de Bolsonaro
Josias de Souza vê o caso das joias como o mais danoso à imagem de Bolsonaro, já que atinge o 'pilar da honestidade' sobre o qual se elegeu. O colunista avalia que, com o avanço das investigações, o plano do ex-presidente de ser um "cabo eleitoral de luxo" nas eleições municipais de 2024 está comprometido.
O inquérito sobre a apropriação de presentes valiosos é um dos mais corrosivos para Bolsonaro. Qualquer criança de 5 anos compreende que a reunião de um grupo de militares para comercializar joias da República como muamba constitui formação de quadrilha. Mais cercada pela Polícia Federal, essa quadrilha rói o prestígio do Bolsonaro naquilo que lhe era mais valioso: a falsa impressão de que era o personagem mais honesto da República. Josias de Souza, colunista do UOL
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