Joias: Carlos Bolsonaro diz que pai cumpriu 'fielmente' recomendação do TCU
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse que a Presidência da República seguiu "todas as recomendações" do TCU no caso das joias e outros bens de valor recebidos como presentes de países estrangeiros.
O que aconteceu:
Carlos republicou uma postagem que afirma que o entendimento sobre o que são itens de "natureza personalíssima ou de consumo direto do presidente" mudou entre o momento do recebimento das joias e o fim do governo Bolsonaro.
O filho do ex-presidente também destacou que as armas e joias foram devolvidas tão logo determinado pelo Tribunal de Contas da União: "Todas as recomendações e determinações do TCU foram fielmente cumpridas pela Presidência", escreveu.
Em março, quando regressou ao Brasil, após um período nos EUA, Bolsonaro disse que os presentes não estavam "escondidos". Mas o ex-presidente não mencionou que pessoas próximas tenham tentado entrar com as joias no Brasil sem declará-las, como manda a lei. Muito menos que algumas peças foram remetidas ilegalmente para os EUA, onde foram negociadas.
Essa é a primeira vez que um membro da família comenta o caso desde a operação da Polícia Federal que teve como alvo Mauro Cid, do pai dele e de Frederick Wassef, advogado que já defendeu Jair Bolsonaro. Os fatos investigados configuram os crimes de peculato e lavagem de dinheiro, conforme a PF.
-- Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) August 13, 2023
A investigação
Em operação batizada de Lucas 12:2, a Polícia Federal cumpriu, na última sexta-feira (11), mandados de busca e apreensão nos endereços do general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cesar Barbosa Cid, e do advogado Frederick Wassef, que já defendeu o ex-presidente.
Os investigados são suspeitos de usar a estrutura do governo brasileiro "para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior", informou a PF.
Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal dentro do chamado inquérito das milícias digitais e são cumpridos em Brasília, São Paulo e Niterói (RJ).
Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados.
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