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Fávaro defende punir quem 'passa boiada'; Salles rebate: 'Fazendo gracinha'

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu a punição de produtores rurais que "passam a boiada" enquanto era interrogado pelo deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) em depoimento na CPI do MST. Salles rebateu o ministro e disse que ele estava "fazendo gracinha".

O que aconteceu

Fávaro defendeu as punições ao responder pergunta de Salles sobre as críticas de líder do MST ao agronegócio. "Aqueles que querem transgredir, aqueles que querem desmatar ilegalmente, passar a boiada, têm que ser punidos com o rigor da lei. Pronto, acabou", disse.

Salles disse que não tem vergonha de ter falado em "passar a boiada". "Primeiro, porque eu sou muito amigo da pecuária. Então eu acho que passar a boiada é muito positivo. Segundo, que o senhor, como senador, cansou de ir no meu ministério fazer a defesa de produtores rurais do seu estado", afirmou.

O ex-ministro do Meio Ambiente acusou Fávaro de usar imagem de Bolsonaro para se eleger. "O que me espanta é o senhor ter feito campanha para o Senado com o nome do Bolsonaro e depois vir ser ministro do PT. O senhor fica fazendo gracinha com a história da boiada."

Salles falou em "passar a boiada" em 2020. Ele foi gravado durante reunião ministerial em abril de 2020 dizendo que a pandemia de covid-19 era a oportunidade do governo de Jair Bolsonaro (PL) "passar a boiada" nas regulamentações ambientais.

"Estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de covid-19, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas", disse. "Agora é hora de unir esforços."

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