Deputada diz em CPI que Feliciano precisa respeitar mulher: 'vai pra p*'
Pela segunda vez seguida, sessão da CPMI de 8 de janeiro teve discussão envolvendo o deputado Pastor Marco Feliciano (PL-SP). Dessa vez, ele apenas escutou um desabafo da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), que em certo momento bateu na mesa logo depois de xingar o colega de Câmara.
Vai pra p*. Aprende a respeitar mulher! Aprende a respeitar mulher!, esbravejou a deputada.
O que aconteceu
Feliciano chamou o presidente da comissão, Arthur Maia (União-BA) de ditador porque ele não permitiu uma manifestação sua. Houve um breve momento de silêncio até a confusão começar.
A deputada Laura Carneiro se levantou e passou a gritar com Feliciano. Ela soltou um palavrão na direção do parlamentar, foi até a porta e depois voltou gritando ainda mais.
Ela dava tapas na mesa quando declarou que também é necessário respeitar as mulheres e os homens e afirmou que não se pode chamar o presidente da comissão de ditador. Os demais deputados assistiam atônitos.
Em alguns momentos, Feliciano tentou falar, mas não teve oportunidade. A voz de Laura abafava suas palavras e ele ficou quieto a maior parte do tempo enquanto alguns deputados aplaudiam a parlamentar.
Depois de desabafo, a deputado olhou para o lado e estava o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Os dois se abraçaram.
O contexto da briga
A situação aconteceu depois de uma reunião tensa na terça-feira, quando foi Feliciano quem se descontrolou. O encontro chegou a ser interrompido por causa da intervenção dele.
De acordo com parlamentares, o deputado mandou a relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), calar a boca. A imprensa estava no lado de fora da sala onde ocorria a reunião e escutou os gritos de Feliciano. "Você está de molecagem".
A briga aconteceu depois que os deputados governistas manifestaram intenção de convocar Carla Zambelli para depor e quebrar o sigilo de Jair Bolsonaro e Michelle Bolsonaro.
Feliciano e relatora trocam insultos
Mais tarde, Feliciano se envolveu numa discussão com a relatora da CPI, senadora Eliziane Gama. O episódio começou quando o pastor estava com a palavra.
Ele negou que tenha xingado a relatora na últma terça-feira. Acrescentou que as mulheres da comissão se escondem atrás do "mimimi" e do "sexo frágil".
Eliziane pediu a palavra e chamou Feliciano de hipócrita porque teria pedido perdão a ela por causao do ocorrido e hoje insultou a deputada Laura Carneiro. A senadora confirmou que gritou na terça, mas respondendo uma agressão.
A relatora afirmou que o colega de CPI não merece ser chamado de pastor. Por fim, disse que na juventude fez vaquinhas e vendeu cachorro quente para custear a visita de um pregador de renome: Feliciano.
O senhor se tornou uma pessoa ajbeta, misoginia. O tratamento que o senhor dá as mulheres nesta casa é surreal, acusou Eliziane.
Terminado o discurso da relatora, Feliciano pediu direito de resposta, o que foi concedido pela presidência da comissão. Ele afirmou que estava contente com o que ouviu.
Feliciano acusou Eliziane de ser "mentirosa contumaz". Ele declarou que a senadora é oportunista e que mentiu outra vez e agora na frente das câmeras.