Jair Renan é alvo de operação da polícia do DF
Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, é um dos alvos da operação Nexum, deflagrada hoje pela Polícia Civil do Distrito Federal contra um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
O que aconteceu:
Os policiais cumprem cinco mandados de busca e apreensão, e dois de prisão em Brasília e em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Dois mandados em dois endereços seriam ligados a Jair Renan: um apartamento em Santa Catariana e outro no sudoeste de Brasília. O celular, HD e papéis com anotações eleitorais do filho do ex-presidente foram apreendidos.
O advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, disse à colunista do UOL Juliana Dal Piva que o cliente está tranquilo. "Temos que olhar o assunto por dentro porque o alvo é outra pessoa que era instrutor de tiro do Renan. Qualquer um pode ser alvo de falsificação", afirmou o advogado que assumiu o caso nesta quinta-feira. "Renan está tranquilo", completou, acrescentando em nota estar "surpreso", mas "muito sossegado".
Ele reiterou que "não houve condução de Renan para depoimento ou qualquer outra medida e que a defesa foi recém-constituída e que por isso não obteve acesso aos autos da investigação ou informações sobre os fundamentos da decisão".
O principal alvo da operação seria o suposto mentor do esquema, que já foi alvo de duas outras ações da Polícia Civil do DF neste ano, a Operação '"Succedere" e "Falso Coach". Maciel Carvalho, 41, era instrutor de tiro de Jair Renan, e foi preso janeiro deste ano.
Maciel seria o alvo do mandado de prisão preventiva. Outro investigado teve a prisão decretada, mas está foragido e também é procurado por crime de homicídio ocorrido em Planaltina/DF.
O grupo agiria a partir de um laranja e de empresas fantasmas. Eles usariam a falsa identidade de Antônio Amâncio Alves Mandarrari para abertura de conta bancária e para constar como proprietário de empresas usadas como laranjas.
Os investigados teriam forjado relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, usando dados de contadores sem o consentimento deles.
Os alvos da operação são suspeitos dos crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.
Deixe seu comentário