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CPI do 8/1 ruma para o final com depoimento de Mauro Cid e general Dutra

Mauro Cid durante o primeiro depoimento na CPI do 8 de Janeiro Imagem: FREDERICO BRASIL/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em Brasília

01/09/2023 04h00

A CPI do 8 de Janeiro terá mais nove sessões. A cúpula da comissão tenta costurar um acordo para dividir os próximos nomes a serem ouvidos: aliados do Planalto teriam direito a convocar seis pessoas, e os opositores, três. Dois depoimentos já estão confirmados. São de militares de interesse do Planalto.

O que vem por aí na CPI

Apesar da intenção da chefia da comissão, até o momento, oposição e governo ainda não concordaram com a proposta. A próxima sessão acontece no dia 12 de setembro.

Mesmo sem acordo, a base do governo Lula já tem votos para emplacar o depoimento do general Gustavo Henrique Dutra, que estava à frente do Comando Militar do Planalto no dia das invasões. A área do acampamento bolsonarista em Brasília era de responsabilidade do oficial militar, que em várias ocasiões evitou a remoção dos manifestantes golpistas.

Outro nome certo para voltar à CPI é o do tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudantes de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Na sua primeira convocação, ele permaneceu calado, mas agora a expectativa é de mudança de atitude após ele responder às perguntas durante três longos depoimentos na Polícia Federal.

Ainda não há data para esses depoimentos.

Ex-comandante da PM do Distrito Federal, o coronel Fábio Augusto será indiciado Imagem: Geraldo Magela/Agência Senado

Quem cada lado quer chamar

Os governistas têm uma prioridade para ouvir: o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A pressão para sua convocação aumentou depois que o hacker Walter Delgatti falou que ambos mantiveram um encontro em que discutiram formas de desacreditar as urnas eletrõnicas.

Já a oposição deseja chamar um nome ligado à Força Nacional de Segurança. Deputados e senadores da oposição defendem que a corporação, subordinada ao Ministério da Justiça, não atuou no dia 8 de janeiro, o que comprovaria a omissão do governo federal.

Outro alvo da oposição é o próprio ministro da Justiça, Flávio Dino. Ele já foi ouvido por três comissões no Congresso Nacional e todas terminaram em confusão.

A cúpula da CPI é simpática à convocação de pessoas ligadas à Força Nacional por entender que é preciso investigar e questionar todas as corporações envolvidas na segurança das sedes dos Poderes no dia das invasões.

Cúpula da PM deve ser indiciada

A relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que vai indiciar o topo do comando da Polícia Militar do Distrito Federal em 8 de janeiro. Há sete oficiais presos porque teriam facilitado as invasões.

Para mim não foi só falha, foi omissão e omissão dolosa. Isso de forma muito clara e a gente, na verdade, vai estar aprofundando para consignar isso no nosso relatório final.
Senadora Eliziane Gama, relatora da CPI

Existe a expectativa de que nomes ligados a Bolsonaro também sejam indiciados. A lista inclui o ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques e o ex-ministro Anderson Torres. Ambos estão presos.

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