Advogado de Bolsonaro defende que silêncio na PF seguiu tese da PGR
O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, afirmou que o silêncio dele, do ex-chefe do Executivo e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro na PF segue tese da PGR de que investigação sobre as joias deve ir para a 1ª instância.
O que aconteceu
A defesa afirmou que eles estão dispostos a contribuir com a apuração, desde que no "foro competente". "No caso, nos termos do titular da ação penal, a Douta Procuradoria Geral da República, que já se manifestou que o STF não é a esfera jurídica própria", escreveu Wajngarten nas redes sociais.
O advogado também disse que "não há silêncio nesse momento". "Agora, busca-se apenas o respeito à Lei", acrescentou o ex-secretário de comunicação de Bolsonaro.
O ex-assessor de Bolsonaro Marcelo Câmara, que realizou tratativas sobre as joias, também não respondeu às perguntas da PF.
Segundo apurou o UOL, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, e seu pai, general Lourena Cid, estão prestando esclarecimentos à PF e não optaram pelo silêncio.
O advogado Frederick Wassef, que defende Bolsonaro em outros processos na Justiça, depõe por videoconferência na PF em São Paulo. Ele abriu mão do silêncio e respondeu às perguntas dos investigadores, conforme apurou a colunista Juliana Dal Piva.
O que a Polícia Federal quer saber?
As autoridades querem saber por quem passaram as joias e outros objetos recebidos de presente.
A PF apura se o dinheiro da venda dos objetos teve como destino a conta do ex-presidente ou de sua mulher.
Oitivas simultâneas são legais, requerem planejamento e já foram adotadas outras vezes, como quando a PF intimou quase 80 militares para depor sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. A ideia é que isso impeça os envolvidos de combinarem versões.
É uma estratégia que a equipe da investigação adotou para que tenha o maior ganho possível na apuração e esclarecimento dos fatos.
Andrei Passos Rodrigues, diretor da Polícia Federal, durante o UOL Entrevista
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