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Lula faz 7 de Setembro com público menor e coloca Zé Gotinha para desfilar

Do UOL, em Brasília

07/09/2023 10h03Atualizada em 07/09/2023 12h11

O presidente Lula (PT) participou do primeiro 7 de Setembro após a data ter sido usada eleitoralmente por Jair Bolsonaro (PL). O público foi menor, com pessoas na arquibancada fazendo o L e gritando "olê, olê, olá, Lula" e bandeiras com o slogan "Democracia, soberania e união". A cerimônia teve ainda Zé Gotinha desfilando em carro dos bombeiros.

O que aconteceu

Lula desfilou no tradicional Rolls-Royce aberto ao lado da primeira-dama Janja da Silva, que vestia um vestido vermelho. O petista usava o mesmo terno usado na posse, em 1º de janeiro. O desfile durou cerca de duas horas.

Muitos ministros compareceram, menos os novos anunciados ontem em uma reforma ministerial para incluir PP e Republicanos no governo. Geraldo Alckmin, Alexandre Padilha, Rui Costa, Margareth Menezes foram alguns dos que posaram para fotos com bandeirinhas.

Márcio França, que chefiava a pasta de Portos e Aeroportos e foi trocado ontem para Micros e Pequenas Empresas, esteve ao fundo, atrás de seu padrinho, o vice Geraldo Alckmin (PSB).

Com Pacheco, sem Lira

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também esteve presente, mas o da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), estava em Alagoas. Também faltaram Flávio Dino (Justiça), que estava no Maranhão, e Fernando Haddad (Fazenda), que está de férias.

Representando o STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber também assistiu ao desfile. O governador Ibaneis Rocha (MDB-DF) esteve no espaço para autoridades.

O público foi menor, sem a Esplanada lotada que se viu no ano passado, quando Bolsonaro puxou o coro de "imbrochável" para si mesmo. A plateia ganhou bonés e bandeiras com o tema da cerimônia. A Polícia Federal estimou o público em 50 mil pessoas.

Nas entradas para as arquibancadas, eram distribuídos bandeiras e bonés, que foram preferidos pelas crianças. Confeccionados com as cores do Brasil, eles tinham o logo do Banco do Brasil.

Na arquibancada, também com menos gente, houve gritos de "Lula" e "democracia". Durante os hinos, as pessoas cantaram "olê, olê, olá, Lula". Alguns integrantes das escolas no desfile passaram por Lula fazendo um coração e o L com as mãos.

Foi um desfile basicamente militar, com os comandantes presentes, apesar das críticas de Lula em live ontem, quando disse que os militares "se apoderaram" das comemorações do 7 de Setembro devido à ditadura militar, mas que sua ideia era fazer com que a data fosse "de todos".

O general Amaro, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), disse que não houve nenhuma intercorrência e que a cerimônia ocorreu "na normalidade". "Desfile bonito", completou.

Zé Gotinha desfila no 7 de Setembro, em Brasília Imagem: Reprodução

O general Carmona pediu autorização para começar o desfile em cima de uma viatura Guarani por volta das 9h30.

A orquestra do colégio militar de Brasília tocou João Gilberto, "Aquarela do Brasil" e "Epitáfio", da banda Titãs.

Num dos carros do Corpos de Bombeiros, estava Zé Gotinha, personagem que incentiva a vacinação em um eixo que exaltou o SUS (Sistema Único de Saúde). Ele fez uma reverência ao passar pelo presidente Lula.

Em homenagem à Amazônia, militares indígenas disseram em diversas línguas "Viva a independência".

Lula embarca para Nova Délhi após a festa, para a cúpula do G-20.

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