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Campanha por ministra negra no STF é exibida na Times Square, em Nova York

Campanha que pede por uma ministra negra no STF foi exibida na Times Square, em Nova York (EUA) Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

13/09/2023 14h43Atualizada em 13/09/2023 14h54

Uma campanha de movimentos sociais que pede por uma ministra negra no STF (Supremo Tribunal Federal) foi exibida na Times Square, em Nova York (EUA).

O que aconteceu

Exibição da campanha na famosa avenida foi compartilhada nas redes. "Colocamos na Times Square pro mundo inteiro ver!", escreveu o advogado Joel Luiz.

Na campanha, uma menina negra diz que sonha em ocupar uma das cadeiras da Corte. O vídeo é idealizado pela Coalizão Negra por Direitos e pelo Instituto de Defesa da População Negra e mostra uma criança com referências negras em diversas áreas, menos no Supremo.

Em 130 anos, em um país em que 56% da população é negra, nunca uma mulher negra exerceu o cargo de ministra da Suprema Corte. É urgente o compromisso de mudar essa estrutura de poder. Precisamos erguer essa memória.
Trecho de campanha por uma ministra negra no STF

Movimentos pressionam Lula após escolha por Zanin

Lula também é pressionado para escolher uma ministra negra para o lugar de Rosa Weber, que se aposenta em outubro. O AGU (advogado-geral da União), Jorge Messias, e o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas — dois homens brancos —, estão entre os favoritos.

A última escolha de Lula para o STF foi Cristiano Zanin, que foi criticado pela base progressista e petista após suas primeiras decisões na Corte. Entre elas, seu voto contrário ao princípio da insignificância de um furto avaliado em menos de R$ 100 e à descriminalização do porte de drogas para uso pessoal.

A pressão tem feito o presidente reavaliar. Segundo a colunista do UOL Carolina Brígido, Lula teria sido convencido de que o custo político de substituir uma ministra por um ministro na Corte seria alto. Hoje, dos 11 integrantes, apenas duas são mulheres.

O Planalto não comenta a decisão, só costuma reforçar que a escolha é "prerrogativa do presidente" e que ela será tomada "na data adequada". Na lista feminina de cotadas para a vaga, estão a ministra do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Katia Arruda, a ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Regina Helena Costa e as advogadas Carol Proner e Dora Cavalcanti.

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