Conteúdo publicado há 9 meses

Lula diz que embargo contra Cuba é 'ilegal' e cobra países ricos

Em Cuba, o presidente Lula (PT) discursou no encontro do G77+China e focou sua fala nas ações do governo federal para conter impactos no aquecimento global. Mas fez questão de ressaltar que o Brasil não tem a mesma "dívida histórica" que países ricos. O presidente ainda mencionou que o embargo econômico dos EUA contra Cuba é "ilegal".

O que aconteceu?

Lula abriu os discursos do encontro, que tem como tema "Desafios Atuais do Desenvolvimento: Papel da Ciência, Tecnologia e Inovação".

O presidente, no meio do discurso, voltou a cobrar os países ricos dizendo que será necessário insistir para que as nações cumpram seus compromissos com o meio ambiente.

Vamos promover a industrialização sustentável, investimento em energias renováveis, na bioeconomia e na agricultura de baixo carbono. Faremos isso sem esquecer que não temos a mesma dívida histórica dos países ricos pelo aquecimento global. Presidente Lula, em discurso no G77+China

No caminho entre a COP-28 em Dubai e a COP-30 na cidade de Belém no estado do Pará será necessário insistir na implementação dos compromissos nunca cumpridos pelos países ricos.

Durante o discurso, Lula ainda chamou o embargo econômico contra Cuba de "ilegal" e disse que o Brasil é contra essa política. "Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral".

O evento

O grupo criado em 1964, com 77 países-membro, foi ampliado e atualmente é composto por 134 nações em desenvolvimento da Ásia, África e América Latina. A união do bloco com a China ocorreu nos anos 1990.

Em Havana, Lula se reunirá com o presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel. É a primeira viagem oficial de um mandatário brasileiro ao país caribenho em nove anos. A última foi em 2014, quando a ex-presidente Dilma Rousseff esteve em Havana.

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De Cuba, Lula viaja para Nova York, onde tradicionalmente abrirá os discursos na Assembleia Geral da ONU, na próxima terça-feira (19).

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