Jaques: Reunião com Biden foi preparada; Zelensky não estava em foco
Colaboração para o UOL, em São Paulo
20/09/2023 10h05
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse não acreditar na permanência de Augusto Aras na PGR (Procuradoria-Geral da República) durante entrevista ao UOL News na manhã desta quarta-feira (20). O senador, que acompanha a comitiva presidencial em Nova York, também comentou os encontros de Lula com Joe Biden, preparado com antecêndia, e com Zelensky, marcado de última hora.
Sobre a expectativa para a sucessão de Aras, afirmou:
Na minha opinião, essa coisa de volta da figura do Aras tá mais nos torcedores (...) Já falei isso, paguei o preço e não sou cabo eleitoral dele. Eu brinco dizendo que é um eleitor e uma vaga, então não adianta fazer campanha e nem sou bobo de fazer torcida. O que foi feito no Ministério Público sob a gestão do Aras em relação ao bunker que se montou lá dentro da equipe lavajatista foi um desserviço. Está mais do que mostrado que era um formato que visava não necessariamente o verdadeiro combate à corrupção, mas um projeto político de poder. Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado
Sobre a discussão em torno de quem ocupará a vaga da ministra Rosa Weber no STF, Wagner abordou o debate sobre a possível nomeação de uma mulher negra, ressaltando não ser algo "obrigatório". Ele elogiou Flávio Dino, cotado ao cargo, mas destacou que se trata de uma decisão "solitária" de Lula.
Lula tem na alma e no dia a dia o combate ao racismo e a qualquer tipo de preconceito. Isso não quer dizer que, obrigatoriamente tem que ser uma mulher negra. Ele tem que se convencer e foram apresentados alguns nomes. Até ele bater o martelo, é um desejo de todo mundo. Flávio Dino foi o último nome que começou a circular e ele é uma pessoa preparada e tem uma visão de mundo que se aproxima à do presidente. Nessa hora, é uma decisão muito solitária. Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado
Jaques: Reunião com Biden foi preparada, Zelensky não estava em foco
Jaques Wagner também comentou sobre as reuniões bilaterais que Lula terá com Joe Biden, presidente dos EUA, e, mais tarde, com Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, nesta quarta (20) em Nova York. O senador ressaltou que a reunião com o presidente da Ucrânia não fazia parte da agenda principal da viagem do petista aos EUA, e a comparou a uma "tentativa de fazer remédio" para tratar o conflito com a Rússia.
O encontro com Biden foi trabalhado durante muito tempo e diz respeito a um problema mundial, que é a precarização no mundo do trabalho na era dos aplicativos. Esse é um dos focos do presidente. O outro [encontro com Zelensky] não estava nem marcado. Foram oferecidos datas e horários e se bateu o martelo. Uma é agenda positiva e outra é tentar fazer um remédio para um problema grave. Quando veio, a prioridade do Lula era a questão da energia, mundo do trabalho e combate à desigualdade. Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado
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