BNDES libera verba, e Tarcísio projeta leilão de trem para Campinas em 2024

O BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico) liberou hoje R$ 6,4 bilhões para implantação do projeto do trem que ligará as cidades de São Paulo e Campinas, no mesmo dia em que o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que o leilão ligado ao empreendimento deve acontecer no primeiro semestre de 2024.

O que aconteceu

Projeto prevê linha de 101 quilômetros entre capital e interior. Hoje, o valor total da obra é estimado em R$ 12,5 bilhões e a operação será concedida à iniciativa privada. Inicialmente, o leilão para a escolha da concessionária que deve acontecer no ano que vem estava previsto para 28 de novembro.

Além do serviço expresso São Paulo-Campinas, trem ligará a capital às cidades de Francisco Morato e Jundiaí. A linha entre São Paulo e Francisco Morato será atendida por um serviço parador com 57 quilômetros de extensão. Já a linha entre Francisco Morato e Jundiaí terá 44 quilômetros e também deve operar com serviço parador.

BNDES também liberou R$ 3,6 bilhões para a extensão da Linha 2 Verde do metrô na capital e para a compra de 44 trens. O ramal que atualmente interliga as estações Vila Madalena e Vila Prudente deve ganhar 8,2 quilômetros e oito estações e chegar até a Penha. Os trens comprados pelo banco para linha serão produzidos no Brasil.

A gente deve fazer os leilões do trem São Paulo-Campinas e do túnel Santos-Guarujá no primeiro semestre de 2024, e já há estudos em andamento sobre as ligações ferroviárias entre São Paulo e Sorocaba e São Paulo e São José dos Campos
Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo

O contrato com o governo estadual será assinado na presença do presidente Lula.

Novo programa para abrir empresa em SP

Facilita SP quer reduzir de dois dias para oito horas o tempo para abrir e fechar empresa em São Paulo. O programa foi lançado hoje e será implementado nos próximos dois anos.

A iniciativa acaba com a necessidade de alvará para atividades econômicas classificadas como de baixo risco. Outra meta do programa é aumentar o número de atividades nessa categoria de 300 para 900.

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A questão ambiental para uma empresa petroquímica é diferente da verificada em um empreendimento imobiliário. Os riscos variam para cada estilo de atividade. Tem atividade que a gente trata como tendo a mesma complexidade de outra e não tem. O que eu não posso é colocar todos no mesmo balaio e criar uma fila só para aprovação.
Jorge de Lima, Secretário de Desenvolvimento Econômico do estado de SP

Lançamento do programa reuniu 1.200 pessoas no Palácio dos Bandeirantes. Empresários, prefeitos e deputados estaduais participaram da cerimônia, na qual o governador Tarcísio e o presidente da assembleia legislativa estadual, André do Prado (PL), trocaram elogios. Nos bastidores, membros da base aliada se queixaram da falta de interlocutores claros no Executivo.

Se você tem uma empresa de baixo risco, você passa a poder abri-la sem necessidade nenhuma de um alvará do governo, o que reduz muito a burocracia. Quem vai definir que empresas são de baixo, médio e alto risco é o governo, e atividades como siderurgia devem ser consideradas de alto risco naturalmente.
Leonardo Siqueira, deputado estadual pelo partido Novo, autor do projeto de lei que cria o FacilitaSP

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