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Defesa de suspeitos de agredir filho de Moraes pede vídeo do aeroporto

Imagem da suposta agressão a filho de Alexandre de Moraes em Roma Imagem: Reprodução/Inquérito da PF

Do UOL, em Brasília

09/10/2023 18h16Atualizada em 09/10/2023 18h34

A defesa do empresário Roberto Mantovani Filho, suspeito de agredir o filho do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu à Corte que tenha acesso às imagens gravadas pelo aeroporto de Roma do momento da suposta agressão.

O que diz a defesa da família Mantovani

A manifestação foi enviada hoje (9) ao ministro Dias Toffoli, relator do inquérito que apura o episódio. Os advogados da família Mantovani alegam que é necessário ter acesso às gravações para que seja feita uma análise própria como parte da defesa.

"O acesso a esse material, em cartório, sem que dele possa dispor livremente em seu escritório ou no de seu assistente técnico, equivale a não o ter, uma vez que a verificação de seu conteúdo, da forma como decidida, não possibilitará à defesa realizar qualquer trabalho ou manifestação fazendo uso dessas imagens, o que por certo cerceia por completo o trabalho defensivo", afirma a defesa de Mantovani.

Os advogados questionam ainda o fato de a Polícia Federal ter elaborado um relatório a partir das imagens que demonstram uma suposta agressão de Mantovani a Alexandre Barci de Moraes, filho do ministro.

A PF indica que após uma discussão iniciada por Andreia Munarão, esposa de Mantovani, o empresário "levantou a mão direita e atingiu o rosto (ou os óculos)" do filho de Moraes.

Ora, se um agente da Polícia Federal, não um perito, teve acesso a todo o material, fazendo um relatório seletivo no qual contidas inúmeras imagens captadas pelas câmeras do aeroporto, que foi amplamente divulgado pela própria Polícia Federal aos órgãos de imprensa, o que poderia justificar tratamento tão desigual, nada isonômico, em relação aos advogados devidamente constituídos?
Defesa de Roberto Mantovani FIlho ao STF

Toffoli prorroga investigação

Na semana passada, o ministro Dias Toffoli prorrogou por 60 dias o inquérito da PF que apura os supostos ataques sofridos pelo ministro Alexandre de Moraes no aeroporto internacional de Roma, na Itália, em julho deste ano.

Toffoli também derrubou o sigilo das investigações sobre ofensas a Moraes, mas manteve em segredo as imagens, liberando apenas os documentos do processo que analisaram as gravações.

A justificativa, segundo Toffoli, é que as filmagens expõem outras pessoas além das envolvidas no caso. As imagens foram entregues ao Ministério da Justiça no dia 4 de setembro e ainda estão sendo avaliadas pela PF.

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