Lacsko: É escárnio não ter sequer um mandante preso um ano depois do 8/1
Um ano depois dos atos golpistas de 8/1, a ausência de mandantes presos foi classificada como escárnio pela colunista Madeleine Lacsko no UOL News desta sexta (5).
É um escárnio completar um ano [dos atos golpistas] na segunda e não haver um mandante preso. É absurdo, um deboche com a cara do povo brasileiro. Em um ano, ou você apura e prende essas pessoas, ou começo a pensar 'que história é essa?'. Prenderam quem nesse um ano? Aquela meia dúzia que não tem dinheiro nem para pagar advogado direito e está na Papuda. Madeleine Lacsko, colunista do UOL
Ao criticar a lentidão para punir mandantes e financiadores do 8/1, Lacsko citou a rapidez da Justiça dos EUA nas investigações e julgamentos dos invasores do Capitólio. Para a colunista, nada justifica a demora para que os mentores da invasão às sedes dos Três Poderes sejam identificados e punidos com rigor.
O retrato da impunidade no Brasil é termos políticos com a cara de pau de fazer algo relembrando o 8/1 como se fosse normal não ter um mandante preso. Não é um caso complexo. Pode-se alegar tecnicalidades, mas não há nada que justifique para o povo brasileiro não haver um financiador ou mandante preso um ano depois.
Defender a democracia também é punir quem atenta contra ela. Não adianta dar entrevistas lacradoras ou fazer ações pirotécnicas. Tem que responsabilizar as pessoas pelo que elas fizeram. Infelizmente, não vimos isso nesse caso. Madeleine Lacsko, colunista do UOL
Tales: Punição a major é muito fraca, por motivo que não é justo
As punições dadas pelo Exército a um major e um sargento que participaram do 8/1 foram brandas e por motivos incorretos, afirmou o colunista Tales Faria, também no UOL News. Ele avalia que não se deve esperar por castigos pesados a militares com participação mais ativa nos atos golpistas.
Essa punição é muito fraca e com um motivo que não é justo. O major deveria ser punido por ter mandado cantar o hino. A desculpa que eles estão usando é de que isso foi feito para 'acalmar os ânimos'. Funcionaria se, depois de cantar o hino, dissessem para as pessoas saírem tranquilamente. Fora isso, teria sido mais eficiente mandar cantar 'Garota de Ipanema'.
Nessa situação, os militares estão se juntando aos manifestantes. É um erro absoluto. Tales Faria colunista do UOL
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