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'Não vamos excluir ninguém', diz diretor da PF sobre investigações do 8/1

Colaboração para o UOL

08/01/2024 18h10Atualizada em 08/01/2024 18h58

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, afirmou que a Operação Lesa Pátria, iniciada há um ano com os ataques antidemocráticos na sede dos Três Poderes em Brasília, não vai excluir ninguém de sofrer punição e seguirá em curso. A declaração foi dada durante entrevista ao UOL News desta segunda-feira (8).

A operação não acabou, ela está em curso e faremos tantas fases quanto forem necessárias fazer. O que estamos trabalhando é com muita responsabilidade, foco na qualidade da prova, para de fato apresentar ao Poder Judiciário provas contundentes. Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

Isso já levou a dezenas de condenações, penas altíssimas e a gente vai seguir trabalhando para que toda essa cadeia, todo esse elo e pessoas que tiveram alguma relação com esses atos criminosos, sejam responsabilizadas independentemente de estatura política, social ou econômica. Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

Perguntado sobre a possibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poder ser indiciado se houver provas por incitação ao golpe, Rodrigues disse que não pode entrar em detalhes devido a investigação tramitar sob segredo de justiça.

O que posso garantir, sem pessoalizar, é dizer que todos aqueles, e quando falamos em todos não excluímos ninguém, que tiveram alguma participação nesse evento criminoso serão buscados pela nossa investigação. Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

Queremos apresentar ao Poder Judiciário provas contundentes daqueles que participaram desse ato golpista para que então a Justiça atue e possa punir exemplarmente essas pessoas. Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

O diretor-geral da Polícia Federal também comentou sobre a participação e punição de militares, que tinham resistência no 8/1 em relação a punição e cumprimento de ordem de prisão em flagrante contra os terroristas.

Já fizemos algumas fases da Operação Lesa Pátria com busca e apreensão em residências de militares. Já fizemos prisão de oficiais das Forças Armadas. Portanto, não é verdade que nós não estamos investigando. Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

Repito, independente de ser civil, militar, médico, jornalista, soldado, general, policial, quem tiver participação nesses atos, nós vamos buscar a responsabilização. [...] Seja civil, seja militar. Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

As investigações contam com delação premiada, como a do tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro durante seus quatro anos de governo. Contudo, ele só será beneficiado se for comprovado o que foi delatado.

A Polícia Federal na nossa gestão atua com responsabilidade em relação às ações de colaboração premiada. Entendemos a colaboração como um meio de obtenção de provas, ou seja, tudo aquilo que é dito precisa ser em alguma outra medida comprovada. Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

Com a etapa em que estamos, houve a assinatura desse acordo validada e chancelada pelo Poder Judiciário e a fase que estamos agora é exatamente essa de corroborar aquelas afirmativas que estão na colaboração premiada. Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

É importante lembrar que os benefícios da colaboração só advém ao colaborador se de fato aquilo se confirmar daquilo que está sendo dito. Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

Diretor da PF: Inquérito sobre ataque a Moraes em aeroporto termina até fevereiro

Rodrigues também comentou sobre o inquérito do suposto ataque ao ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma, em julho do ano passado. Na ocasião ele foi hostilizado e chamado de "comunista".

Recebemos [de Roma] esse material. Foi feito uma análise pela equipe e um relato. Já foram ouvidas pessoas e o inquérito está em fase final de conclusão. Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

Estimo, e é uma estimativa porque de fato não conheço os detalhes, mas estimo que até o final desse mês e meados do mês que vem [em fevereiro] haverá uma conclusão desse inquérito. Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

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