Lula cita preocupação em tirar Dino da Justiça: 'Ajudava na política'
Do UOL, em Brasília e em São Paulo
01/02/2024 12h56Atualizada em 01/02/2024 13h16
O presidente Lula comentou hoje sobre a apreensão ao tirar o ministro Flávio Dino do Ministério da Justiça para indicá-lo ao STF.
O que aconteceu
Presidente disse que Dino "ajudava na política". "Confesso para vocês que eu tinha muita preocupação de tirar o Flávio Dino do Ministério da Justiça, por causa da colaboração política que ele tinha com o governo, com os partidos políticos, com o Senado e com a Câmara", disse, sobre a indicação ao Supremo.
Lula também agradeceu a Dino pelo trabalho à frente da pasta. "As minhas palavras aqui são de agradecimento ao companheiro Flávio Dino pelo trabalho extraordinário que prestou, não apenas como ministro da Justiça, mas como um cidadão brasileiro. Como um homem da política, como uma pessoa que conheceu a experiência das funções públicas em várias frentes", disse.
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Teve um trabalho extraordinário como ministro, executando aquilo que era sua tarefa, ainda mais do debate político todas as vezes em que foi convidado na Câmara dos Deputados e no Senado. Sem ter nenhuma preocupação de ser ofendido ou maltratado por qualquer deputado ou senador.
Lula, elogiando Dino
Mensagem a Lewandowski e desejo de sorte à frente da Justiça e Segurança Pública: "A única coisa que eu quero que você tenha certeza é que estou indicando para ser ministro da Justiça um homem que eu respeito e tenho a certeza de que você vai, como Flávio Dino, passar para a história na criação do funcionamento normatizando a atividade do Ministério da Justiça".
Lula disse que não vai interferir em gestão do ministro na pasta. "Eu costumo trabalhar estabelecendo uma relação de confiança com as pessoas. Tenho confiança em você, e a sua equipe é você que monta. Você só tem que ter consciência que, se qualquer coisa der errado, a responsabilidade é sua. Eu não vou interferir no seu time", ressaltou.
Tenho certeza de que, quando terminar o nosso mandato, eu estarei aqui nessa tribuna te agradecendo pelo serviço extraordinário que você fez como ministro da Justiça do nosso país.
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Evento contou com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso, além de outras autoridades. Os ministros compareceram em peso à cerimônia no Planalto.
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, não participou do ato. O deputado está em Alagoas e comunicou sua ausência com antecedência, segundo sua assessoria.
Uma comitiva acompanhou Lula e Lewandowski na descida pela rampa rumo ao salão nobre. O presidente e a primeira-dama, Janja da Silva, foram seguidos pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), os presidentes Luis Roberto Barroso (STF) e Alexandre de Moraes (TSE), o PGR, Paulo Gonet, Dino e outros ministros do governo e do Supremo.
Do STF, apenas Fachin e Mendonça não estiveram presentes. Além de Barroso e Moraes presidentes do STF e do TSE, respectivamente, compareceram Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Kassio Nunes Marques.
Até o ex-presidente Fernando Collor veio para posse. É a primeira vez que Collor, que se tornou grande apoiador de Jair Bolsonaro (PL), pisa no Palácio do Planalto desde o retorno de Lula. Ele chegou cedo e se instalou ao lado do ex-presidente José Sarney (MDB).