Maierovitch: Caso da Abin não chegar a Bolsonaro será exemplo de impunidade

Caso as investigações sobre a "Abin paralela" não atinjam Jair Bolsonaro, será melhor hastear a bandeira da impunidade no Brasil, afirmou o colunista Wálter Maierovitch no UOL News desta terça (6).

Se [o caso Abin] não chegar no Bolsonaro, é melhor pararmos com essa atividade toda e levantarmos a bandeira da impunidade já.

Para tudo isso, existe um beneficiário. Toda essa atividade não foi feita de graça, só por mera bisbilhotice. Há um interessado. Wálter Maierovitch, colunista do UOL

Diante dos resultados das investigações sobre a "Abin paralela", como a que encontrou na casa de Alexandre Ramagem documentos de uma operação da agência, Maierovitch avalia estar claro que Jair Bolsonaro seria o principal beneficiário da espionagem ilegal.

No mensalão, aplicou-se a 'teoria do domínio do fato', que é a busca pela autoria intelectual, aquele que move as marionetes no cenário e tem o pleno domínio do que está acontecendo e é o principal interessado.

Basta aplicar a teoria do domínio do fato para se chegar, sem nenhuma dúvida e já pelo existente, a Bolsonaro. A quem interessa a situação se não a Bolsonaro, a seu filho Carlos e ao seu grupo golpista? As informações são fundamentais quando se quer também perpetrar ilegalidades e inconstitucionalidades. Wálter Maierovitch, colunista do UOL

Josias: Mania de pequena grandeza leva Ramagem a ter surto de Trump

Josias de Souza vê semelhanças entre Alexandre Ramagem e Donald Trump, já que ambos mantinham documentos confidenciais em suas casas mesmo após saírem do governo. Para o colunista, porém, projeta um destino diferente para o ex-diretor da agência.

Já há elementos suficientes para demonstrar que Ramagem sofre de uma mania de pequena grandeza. Com sua micromegalomania, Ramagem teve um surto de Donald Trump e virou uma versão burlesca do ex-presidente dos EUA. A diferença é que Trump tem chances reais de retornar à presidência mesmo se for condenado. Ramagem, mesmo se conseguir se livrar de uma sentença criminal, talvez não consiga manter seu projeto de disputar a prefeitura do Rio. Josias de Souza, colunista do UOL

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