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Polícia do RJ contradiz PF sobre investigação do assassinato de Marielle

Projeções em São Paulo homenageiam a ex-vereadora do Rio Marielle Franco, assassinada em 2018 Imagem: 14.mar.2021-Amanda Perobelli/Reuters

Do UOL, em São Paulo

25/05/2024 16h53Atualizada em 25/05/2024 23h35

A Polícia Civil do Rio de Janeiro negou informação da Polícia Federal de que um agente da corporação fluminense tenha buscado pelo nome do pai de Marielle Franco em um sistema interno. Em nota, a PF disse que não comenta investigações em andamento.

O que aconteceu

A Polícia Civil do RJ disse que o inspetor Renato Machado Ferreira não fez buscas pelo pai de Marielle, mas por um homônimo associado a um caso que ele investigava na época.

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No entanto, segundo a PF, Ferreira confirmou, em depoimento em 2018, que procurou pelo nome do pai da ex-vereadora. À Delegacia de Homicídios da Capital, ele disse que não se lembrava por qual motivo havia feito as buscas.

Em nota, a Polícia Civil do Rio disse que a informação procede, mas que ele não sabia o motivo da intimação durante a audiência e só foi informado depois. Quando soube, procurou em seus procedimentos e localizou o inquérito, que não estava relacionado à Marielle.

O agente fez a busca em 21 de fevereiro de 2018, três semanas antes do assassinato de Marielle, diz um relatório da PF publicado nesta semana. A investigação já havia mostrado que a vereadora foi monitorada por ao menos sete meses antes do crime.

Naquele ano, Ferreira estava lotado na 43ª DP, em Guaratiba, zona oeste da capital fluminense. A CPI das Milícias da Alerj, em 2008, apontou indícios que milicianos pagavam propina a policiais dessa mesma delegacia.

Marielle foi morta por ser vista como "obstáculo" para os interesses de Chiquinho e Domingos Brazão, segundo a PF. A tensão aumentou após ela se posicionar contra um projeto de Chiquinho para flexibilizar a regularização de terrenos —mais tarde, o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) considerou a lei inconstitucional. Os irmãos negam envolvimento com o crime.

Questionada pelo UOL sobre a discordância, a PF disse em nota que não se manifesta sobre "eventuais investigações em andamento".

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