Raquel Landim

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Reportagem

Defesa de Bolsonaro quer tentar esticar até 2027 julgamento do golpe no STF

A defesa de Jair Bolsonaro quer tentar esticar o julgamento das investigações que envolvem o ex-presidente no STF (Supremo Tribunal Federal) até 2027, apurou a coluna com aliados.

A estratégia vai na contramão do que espera o próprio tribunal, que gostaria de encerrar o processo no próximo ano para evitar a contaminação do debate jurídico pelas eleições presidenciais de 2026.

A avaliação de aliados de Bolsonaro é exatamente o contrário. Eles acreditam que, se a conclusão do julgamento ficar para 2027, um Congresso fortalecido por nomes de centro-direita pode ajudar.

Conforme fontes ouvidas pela coluna, a estratégia ganha mais corpo caso o procurador-geral da República, Paulo Gonet, opte por uma denúncia única, que englobe todos os crimes pelos quais o ex-presidente é investigado.

Se isso ocorrer, o julgamento pode se tornar mais lento —a exemplo do que ocorreu no mensalão.

A denúncia única aumenta o número de acusados, crimes e testemunhas.

Bolsonaro é alvo de apuração da Polícia Federal não só pela tentativa de golpe de Estado, como também por suspeita de falsificar cartões de vacinação, de vender no exterior joias recebidas de outros países e pela existência de uma milícia digital para disseminar fake news e minar o Estado democrático de Direito, entre outros.

Até agora, a PF já indiciou Bolsonaro pela falsificação de cartões de vacina e por tentativa de golpe, mas Gonet ainda não apresentou denúncia.

Para os policiais federais, os crimes estariam todos relacionados com o objetivo de financiar ou facilitar a fuga de Bolsonaro após o golpe.

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