Damares processa jornalista que a chamou de 'dublê de senadora e pastora'

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) moveu um processo contra um jornalista que a chamou de "dublê de senadora e pastora".

O que aconteceu

O processo movido pela senadora cita que a atitude do jornalista "atingiu sua honra" e classificou como um "crime de violência política contra uma mulher". A senadora diz que o colunista do jornal O Globo Bernardo Mello Franco deve ser condenado pela prática do crime de injúria e ter sua pena aumentada "por incorrer em circunstância que ensejam a aplicação de duas causas de aumento de pena".

O texto criticado por Damares foi publicado na segunda-feira (17) e falava sobre a sessão do Senado que discutiu a assistolia fetal. "A dublê de senadora e pastora Damares Alves aproveitou para criticar o ministro Alexandre de Moraes", diz um trecho. Franco afirma que o plenário virou um "palco de teatro macabro" — citando a encenação de um feto feita por uma contadora de histórias no início da sessão.

"Palavras tão depreciativas certamente não seriam endereçadas a um parlamentar do sexo masculino", diz a ação de queixa-crime. O texto também afirma que o jornalista praticou crime de injúria qualificada por preconceito religioso por ter citado seu "título religioso de pastora, com o intuito de — igualmente — menosprezar sua profissão de fé".

O jornalista já usou o termo "dublê" para se referir a políticos homens. Em uma de suas colunas, ele chamou o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques de "dublê de policial e cabo eleitoral". Uma das definições de "dublê" nos dicionários é "quem exerce diversas atividades". Procurado pelo UOL, o jornalista disse que não iria se manifestar.

Um dia após a publicação do texto, Damares se pronunciou nas redes sociais. "Sou tudo, menos dublê de senadora", escreveu ela após citar o número de seu mandato e dos votos que recebeu.

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