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'É barato cuidar do pobre, caro é cuidar do rico', diz Lula no Maranhão

Do UOL, em Brasília.

22/06/2024 16h49Atualizada em 22/06/2024 19h08

O presidente Lula (PT) afirmou na sexta-feira (21), no Maranhão, que cuidar dos pobres "é barato" e que "caro" é cuidar dos ricos.

O que aconteceu

Lula disse ter noção do "sofrimento do povo pobre" do país e justificou sua motivação para o cargo. "A única razão pela qual eu quis ser presidente da República era para provar: é possível e é barato cuidar do povo pobre desse país. O que custa caro é cuidar de rico. Rico custa caro. Porque o pobre vai conversar com você e ele pede R$ 10. O rico pede logo R$ 10 milhões", afirmou, durante evento em São Luís.

O presidente afimou ainda entender "exatamente" o que precisa fazer para "resolver o problema do país", sem detalhar a declaração. Na semana passada, Lula já havia afirmado que não fará ajuste fiscal "em cima dos pobres" — ao criticar propostas discutidas no próprio governo federal de limitar o crescimento real de gastos com saúde e educação.

Governo anunciou R$ 9 bilhões do novo PAC para construção de 602 km de linha de transmissão no Maranhão. Ao lado de ministros, deputados e senadores, Lula divulgou um pacote de investimento no estado, como ampliação do programa luz para todos e o novo polo de energias renováveis.

Greve nas universidades

Lula disse ainda no mesmo evento não ter medo de reitor e comparou seu governo com o do antecessor, Jair Bolsonaro (PL). "Vocês estão lembrados de um presidente que nunca recebeu um reitor na vida dele? Nunca recebeu um reitor. Eu, em apenas um ano e sete meses, já convidei duas reuniões de todos os reitores do Brasil, das universidades e dos institutos federais, porque eu não tenho medo de reitor."

O presidente já havia afirmado não ver motivo para a greve "durar o que está durando". Em um evento no começo do mês, ele falou sobre os investimentos em infraestrutura nas instituições de ensino federais.

O governo anunciou que vai investir R$ 3,17 bilhões em infraestrutura. Hospitais universitários receberão R$ 1,75 bilhão, enquanto a criação de dez campi nas cinco regiões do país custará R$ 600 milhões.

O Ministério da Educação também liberou dinheiro para pagar despesas de custeio. São R$ 279,2 milhões para universidades e R$ 120,7 milhões a institutos federais.

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