5 coisas para entender como Lula favoreceu seis prefeitos

1. O presidente Lula (PT) atuou para direcionar verbas num total de R$ 1,4 bilhão a Araraquara, Mauá, Diadema e Hortolândia, em São Paulo; além de Belford Roxo e Cabo Frio, no Rio. Essas cidades levaram vantagem frente a cidades maiores ou com menor IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) na liberação dessas verbas.

2. Lula telefonou para ministros e assessores de sua confiança foram pessoalmente a ministérios para que não houvesse registro no sistema. Aparentemente, as seis cidades são atendidas por decisão própria dos ministérios. Desde que tomou posse, Lula teve 17 reuniões com prefeitos em seu gabinete — 12 delas com os seis prefeitos. Seu chefe de gabinete teve 33 agendas com gestores, 22 com os mesmos seis prefeitos.

3. Os recursos direcionados a essas prefeituras saíram de verbas próprias dos ministérios, manejadas sem interferência do Congresso. Araraquara e Diadema, por exemplo, receberam mais desses recursos da Saúde para exames e cirurgias do que 13 capitais, incluindo Belo Horizonte, Maceió e Porto Alegre. Diadema também recebeu mais dinheiro para urbanização de favelas do que o Complexo da Maré, no Rio, cuja população é maior que a de 96% dos municípios do país.

4. Documentos aos quais o UOL teve acesso mostram que os repasses ocorreram sem aval da área técnica ou justificativas detalhadas, em valores maiores do que os solicitados e com pedido de "prioridade" escrito à mão.

5. Procurada, a assessoria Palácio do Planalto disse que o presidente recebe "líderes globais, lideranças sociais, empresariais, deputados, senadores e prefeitos" e que "os recursos são liberados pelos ministérios de forma documentada". Perguntado especificamente sobre se o presidente favoreceu essas cidades, a assessoria não respondeu (veja a íntegra do que disse o Palácio do Planalto).

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