X está funcionando até na rede do prédio do STF, em Brasília
Bloqueada no Brasil, a rede social X está disponível para usuários que tentam acessar a página de dentro do prédio do STF (Supremo Tribunal Federal). Oficialmente, a Corte ainda não se manifestou sobre o assunto.
O que aconteceu
Usuários de todo o país estão relatando que o X está voltando a funcionar. Em meio a esse cenário, até mesmo utilizando a rede de wifi do Supremo é possível acessar a rede social, que está bloqueada no país desde 30 de agosto por ordem do ministro Alexandre de Moraes, chancelada posteriormente por cinco ministros da 1ª Turma do tribunal.
O sistema tem alguma instabilidade, então funciona em alguns computadores e em outros não. Por volta das 14h30, começaram a bloquear o acesso pela rede Wi-Fi disponível aos colaboradores do tribunal.
Bolsonaro também postou. O ex-presidente criticou Moraes e disse que "quando a censura prévia é normalizada, perdemos nossa liberdade". A última publicação de Bolsonaro antes de hoje havia sido feita em 30 de agosto, um dia antes do bloqueio do X no país.
Especialistas apontam que mudança no site pode ter 'driblado' bloqueio. Segundo fontes ligadas ao caso, uma mudança recente na plataforma no Brasil fez com que o site do X conseguisse, na prática, driblar o bloqueio. As operadoras de internet são as responsáveis por executar o bloqueio, seguindo a ordem de Moraes. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) ainda está analisando a situação e deve apresentar sua manifestação ao STF ainda hoje.
A expectativa é que Moraes só se manifeste a respeito quando for comunicado oficialmente pela Anatel sobre a situação. Na semana passada, o ministro determinou que a Starlink, empresa que também pertence ao empresário Elon Musk, pagasse a multa de R$ 18,3 milhões imposta ao X por descumprir decisões judiciais. Ainda assim, a rede social segue oficialmente bloqueada no país, porque a empresa ainda precisa cumprir algumas determinações do ministro, como informar dados de perfis que fizeram postagens para ameaçar e difamar os delegados da PF que atuam nas investigações contra Jair Bolsonaro e seus apoiadores.
Como o UOL revelou, a rede social foi suspensa no âmbito de uma investigação sobre uma campanha de ataques a policiais federais. Ações incluíram até exposição de familiares, devassa de dados pessoais e oferta de propina, que levaram Moraes a determinar o bloqueio de perfis no X. Como a empresa não acatou a decisão, o ministro passou a impor várias medidas, como pagamento de multas e bloqueio de bens, até determinar a suspensão da plataforma no país.
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