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Defesa contesta quantidade de maconha em prisão de ex-candidata do PSOL

Brunella Hilton foi presa no último dia 2 - Reprodução/Instagram Brunella Hilton foi presa no último dia 2 - Reprodução/Instagram
Brunella Hilton foi presa no último dia 2 Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

19/03/2025 17h55Atualizada em 19/03/2025 19h14

A defesa de Brunella Hilton (PSOL) questionou a informação da polícia sobre a quantidade de maconha que ex-candidata a vereadora portava ao ser presa no início deste mês.

O que aconteceu

Laudo da perícia não atestou a quantidade de drogas em cada brigadeiro, segundo a defesa. No inquérito, é citado que uma amostra de dois gramas foi retirada para análises em um dos 98 brigadeiros. O STF definiu no ano passado que a quantidade de 40 gramas de maconha é o máximo permitido para que uma pessoa seja considerada usuário de drogas e não traficante.

Venda do brigadeiro com maconha foi enquadrada como tráfico de drogas, de acordo com Secretaria de Segurança Pública. Foram apreendidas 800 gramas do doce, diz a pasta. O peso inclui todos os ingredientes, não só a maconha.

Defesa diz ainda que Brunella teve nome social (Bruna) desrespeitado. O advogado Roberto Guastelli reclama que a distribuição do processo está com o nome de Bruno, nome de Brunella antes da transição. "Deverá ser retificada a distribuição do presente processo para Bruna Rocha Ferreira, bem como expedido ofício ao sistema prisional para que sejam resguardados os direitos da pessoa —mulher trans colocada em cela juntamente com outras mulheres."

Advogado pede liberdade provisória para Brunella. "A expedição de alvará de soltura é medida justa e razoável, para que possa aguardar em liberdade o andamento do processo", afirma Guastelli.

O UOL procurou a SSP para esclarecimentos, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

O laudo não apontou quanto teria de drogas em cada doce. Não se pode presumir a quantidade apontada no laudo para todos os bombons, pois deveria ter sido feita a análise de cada brigadeiro.
Roberto Guastelli, advogado de Brunella

Mãe achou que ex-candidata estava desaparecida

Eunice Chagas, que vive em Minas Gerais, afirmou que não tinha sinal da filha desde 28 de fevereiro. "Simplesmente parou de mandar fotos. Parou de dar notícias. Parou de postar foto. Um amigo dela me ligou e falou que não conseguia falar com ela", disse ela ao UOL.

Família fez boletim de ocorrência no sábado e disse que não foi informada de que Brunella foi presa no último dia 2. De acordo com o advogado Guastelli, não foi achado nada no registro policial de Brunella quando o boletim de ocorrência de desaparecimento foi feito.


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