Começa nos EUA segundo teste com vacina canadense contra ebola
Um segundo teste clínico, em humanos, com uma vacina experimental canadense contra o ebola começou nesta quarta-feira (22) nos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), informaram fontes oficiais.
Conhecido como VSV-ZEBOV, o imunizante foi desenvolvido por cientistas da Agência de Saúde Pública do Laboratório Nacional de Microbiologia do Canadá e licenciado para a americana NewLink Genetics Corp., sediada no estado americano de Iowa.
O último teste consiste em aplicar duas doses, uma estratégia conhecida como dose inicial-reforço (ou "prime boost"), em 39 adultos saudáveis para verificar a resposta do sistema imunológico, informaram os NIH em um comunicado.
No início deste mês, o Instituto Walter Reed de Pesquisas do Exército americano iniciou seu teste próprio com a VSV-ZEBOV como uma vacina de dose única em suas instalações, em Maryland.
A vacina não tem a capacidade de fazer alguém desenvolver o ebola.
A VSV-ZEBOV é uma das duas vacinas experimentais que a OMS (Organização Mundial da Saúde) disse ter apresentado resultados promissores quando testadas em macacos.
A outra, fabricada pela farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK) e pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID). Testes desta vacina em humanos começaram em setembro.
Os primeiros resultados dos testes com estas vacinas, que incluirão segurança e dados sobre a resposta imunológica, são esperados para o final de 2014.
"A necessidade de uma vacina que proteja contra a infecção do ebola é urgente", afirmou o diretor do NIAID, Anthony Fauci.
"Os NIH saúdam a oportunidade de colaborar com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos para conduzir testes clínicos com humanos de outra promissora - e, espera-se, bem sucedida - candidata a vacina contra o ebola", acrescentou.
Não existe medicamento aprovado para tratar o ebola, nem vacinas no mercado para evitar a doença, ainda que o vírus tenha sido descoberto em 1976, há quase quarenta anos.
A crescente epidemia no oeste da África, que já matou mais de 4.800 pessoas desde o início do ano, pressionou as autoridades a acelerar a realização de testes com as vacinas.
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