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Serra Leoa põe quase 700 pessoas em quarentena após nova morte por ebola

Michael Duff
Imagem: Michael Duff

Em Freetown

15/09/2015 11h27

As autoridades de saúde de Serra Leoa anunciaram nesta terça-feira ter submetido à quarentena quase 700 pessoas com o objetivo de impedir uma intensificação da epidemia de ebola após o falecimento de uma adolescente de 16 anos.

A jovem morreu no domingo em uma periferia rural da cidade de Makeni, na província nórdica de Bombali, que não registrava casos da febre hemorrágica há seis meses.

"Mais de 680 habitantes do povoado de Robureh estão a partir de agora em quarentena por 21 dias", declarou à AFP o porta-voz do centro de resposta local contra o Ebola, Amadu Thullah.

O centro afirmou que entre as pessoas confinadas se encontravam os pais da jovem falecida, seus parentes e seus colegas de classe. "Estão classificados como 'apresentando um alto risco', embora nenhum deles tenha demonstrado sinais ou sintomas da doença", disse o porta-voz do ministério da Saúde, Seray Turay.

Este novo caso não tem nenhuma relação com o foco de contaminação situado na província vizinha de Kambia, onde morreu no fim de agosto uma mulher de 67 anos no povoado de Sella Kafta, que desde então está em quarentena.

Segundo o Centro Nacional de Luta contra o Ebola (NERC), há 1.524 pessoas em quarentena nas duas províncias.

A epidemia de Ebola na África Ocidental se originou em dezembro de 2013 no sul da Guiné, deixando mais de 11.300 mortos por cada 28.000 casos, um balanço subestimado, admite inclusive a Organização Mundial da Saúde (OMS).