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Lista vermelha do Aedes em SP tem Ribeirão Preto, Guarujá, Peruíbe e Araçatuba

Banhistas na praia de Pitangueiras, no Guarujá, litoral sul paulista - Sérgio Castro/Estadão Conteúdo
Banhistas na praia de Pitangueiras, no Guarujá, litoral sul paulista Imagem: Sérgio Castro/Estadão Conteúdo

Paula Felix

29/11/2017 08h17

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou nesta terça-feira, 28, que os dados de infestação por mosquitos até o mês de outubro apontam que há apenas seis cidades paulistas em situação de risco: Ribeirão Preto, Araçatuba, Guarujá, Jandira, Peruíbe e Jaboticabal. Outras 98 cidades de São Paulo estão em quadro de alerta. No total, foram 604 municípios analisados pela pasta - dos 645 paulistas.

"Portanto, o Estado encontra-se em situação satisfatória, de modo geral", acrescentou a Secretaria de Saúde paulista por meio de nota. Entre os dias 4 e 8 de dezembro, o Estado vai realizar a semana de combate às arboviroses.

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Levantamento do Ministério da Saúde indica que 1.496 cidades brasileiras ainda estão em situação de alerta ou de risco para surto de dengue, zika e chikungunya - doenças causadas pelo mosquito - neste verão. Isso representa 38% do total de cidades que fizeram a avaliação, batizada de Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa).

Neste ano estão em alerta, entre as capitais, Maceió, Manaus, Salvador, Vitória, Recife, Natal, Porto Velho, Aracaju e São Luís. Já Belém, Boa Vista, Porto Alegre, Florianópolis, Campo Grande, Cuiabá, Brasília e Rio Branco não informaram os dados. Também não há registros de São Paulo, embora o Estado tenha informado já ter remetido as informações.

Técnicos do ministério dizem não ser possível fazer comparação com 2016. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que locais em situação de risco deverão receber uma atenção prioritária, mas a redução de casos não depende apenas de ações governamentais.

O armazenamento de água em barris, por exemplo, foi o principal tipo de criadouro achado no Nordeste e no Centro-Oeste. No Norte e no Sul, o maior número de criadouros foi no lixo. No Sudeste, predominam depósitos móveis, como vasos e frascos com água.

Balanço

Até o dia 11 de novembro, foram notificados 239.076 casos prováveis de dengue em todo o País, uma redução de 83,7% em relação ao mesmo período de 2016. Na mesma data, haviam sido registrados 184.458 casos prováveis de febre chikungunya, também uma redução de 32,1%. Por fim, de zika são 16.870 casos prováveis, redução de 92,1% em relação a 2016 (com 214.126).

Para especialistas na área de Infectologia, com a queda do número de casos, população e autoridades sanitárias relaxaram nas ações de contenção. "As pessoas e até alguns gestores são, infelizmente, reativos", avalia Celso Granato, professor de Infectologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Para Artur Timerman, presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, o governo não deu atenção, nos últimos anos a outras políticas necessárias para enfrentar as doenças. "Enquanto não enfrentarmos as questões de urbanização e saneamento básico, o mosquito vai continuar se proliferando." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.