Guedes: Nos próximos 60 dias estaremos vacinando 1 milhão por dia
Com o governo sob críticas pelo atraso na vacinação contra covid-19, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira, 25, que a estimativa é elevar o ritmo de imunização nos próximos 60 dias, até alcançar a marca de 1 milhão de doses aplicadas por dia.
"Nós vamos enfrentar essa segunda onda. As estimativas do governo são que nos próximos 60 dias vamos estar vacinando a quase 1 milhão de pessoas por dia", disse Guedes nesta tarde. "Vacinando um 1 milhão de pessoas por dia vamos acabar vacinando em menos de dois meses os mais vulneráveis", destacou.
A meta de elevar a vacinação da média atual de 300 mil pessoas para 1 milhão de vacinados a cada dia foi citada ontem pelo novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O médico recém-empossado, contudo, não havia dado previsão de quando isso poderia ocorrer. Ontem, o País aplicou 595.786 doses, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
O ministro ressaltou que a maior parte dos idosos brasileiros, grupo de risco e prioritário na vacinação, tem acima de 60 anos e, por isso, com a aceleração da imunização a taxa de mortalidade deve cair bastante. Ele citou que o setor privado pode contribuir ainda mais para dar celeridade ao processo de vacinação.
Nesta tarde, Guedes anunciou que os empresários Luciano Hang, dono da varejista Havan, e Carlos Wizard, da holding Sforza, doarão 10 milhões de doses da vacina contra a covid-19 para o Plano Nacional de Imunização (PNI). "Essa ajuda que vem do setor privado pode acelerar ainda mais esse processo. Se tivermos 100 empresários, nós teremos 500 milhões de vacinas, podemos dobrar os 500 milhões que o governo já conseguiu porque a coisa agora não é quantidade é a velocidade de vacinação", observou.
Diante da alta nos números da pandemia da covid-19 do País, o ministro da Economia buscou tranquilizar a população e garantiu que a segunda onda da crise sanitária será enfrentada. Guedes, contudo, disse que medidas de isolamento - indicadas pela Organização Mundial da Saúde para diminuir a contaminação - não podem "derrubar" a atividade econômica mais uma vez.
"O isolamento é uma tentativa de desacelerar o contágio, mas nós não podemos derrubar a economia toda de novo. Então, nós temos que acelerar a vacinação", concluiu. Na fala à imprensa, o ministro também destacou as medidas adotadas para manutenção de empregos e auxílio financeiro da população, como o auxílio emergencial e programas de crédito e preservação de empregos.
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