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Seu mau-humor está durando muito tempo? Faça o teste e descubra se isso é normal

Após longo período de pessimismo e tristeza, é comum a vítima de distimia ser rotulada como mal-humorada - Getty Images/Thinkstock
Após longo período de pessimismo e tristeza, é comum a vítima de distimia ser rotulada como mal-humorada Imagem: Getty Images/Thinkstock

Simone Ota

Do UOL, em São Paulo

10/08/2012 07h00

Ficar mal-humorado por causa da bronca injusta do chefe ou porque perdeu duas horas no trânsito é totalmente compreensível. Agora, se esse nervosismo não passar depois de chegar em casa e tomar um banho relaxante ou, pior, se ele se estender por vários dias, isso é algo preocupante.

O psiquiatra Elie Cheniaux, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pesquisador do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), recomenda procurar um especialista para investigar se esse estado de espírito é passageiro e normal ou se você sofre de distimia, um tipo de transtorno mental também conhecido como doença do mau-humor.

“Trata-se de um sentimento de tristeza contínuo que se arrasta por, pelo menos, dois anos e vem sempre acompanhado de outros sintomas, como alteração no apetite ou no sono, fadiga ou perda de energia, baixa autoestima, dificuldade de concentração ou de tomar decisões e desesperança”, afirma o médico.

Por causa desse longo período de pessimismo, tristeza e irritabilidade, é comum a vítima de distimia ser rotulada como mal-humorada, preguiçosa, amargurada e sem força de vontade. Isso acontece porque, ao contrário de depressão, que, dependendo da intensidade, a pessoa não consegue sequer se levantar da cama, na distimia ela cumpre as tarefas diárias, porém, se arrastando.

No grupo de risco estão mulheres na fase reprodutiva (a proporção é duas para cada homem) e pessoas ansiosas, expostas constantemente a situações estressantes e com histórico de depressão na família. A boa notícia é que a doença tem tratamento, que dura entre seis meses e dois anos e, dependendo do caso, pode dispensar os medicamentos antidepressivos e ser resolvido apenas com psicoterapia.