OMS lança guia para combater a obesidade e a desnutrição infantil
A Organização Mundial da Saúde, OMS, fez um alerta, esta quarta-feira (5), para a ameaça dupla da obesidade e da desnutrição infantil, em países de média e baixa rendas.
O relatório da agência da ONU diz que essas nações estão negligenciando a obesidade como uma grande ameaça à saúde. O documento mostra que 75% das crianças acima do peso vivem em países em desenvolvimento. A África, quase dobrou o número de menores acima do peso nos últimos 20 anos.
Diabetes
Segundo a OMS, crianças obesas têm maior probabilidade de se tornarem adultos obesos, aumentando os riscos de contrair diabetes e outras doenças.
Para ajudar os países, a agência da ONU lançou um guia com 24 Ações Essenciais de Nutrição, que vai orientar as autoridades na adoção de medidas eficazes para evitar tanto a obesidade como a desnutrição.
Medidas
Entre essas medidas estão a melhora da nutrição de gestantes e mulheres em fase de amamentação e incentivo ao aleitamento materno. Já em relação às crianças, o guia sugere o uso de alimentos saudáveis e o uso de suplementos nutritivos, quando necessário.
O diretor do departamento de nutrição da OMS, Francesco Branca, disse que cada vez mais as autoridades estão encontrando crianças obesas em países onde a desnutrição também é grande.
Ele alerta que enquanto é vital manter os esforços para reduzir a desnutrição, o mundo precisa fazer mais para prevenir e cuidar dos obesos que vivem em países de média e baixa rendas.
Desnutrição
Segundo a OMS, no mundo inteiro, 100 milhões de crianças com menos de 5 anos estão abaixo do peso; 165 milhões apresentam sinais de nanismo ou atrofia.
Calcula-se que 35% das mortes dessas crianças estejam associadas à desnutrição. Ao mesmo tempo, 43 milhões de menores de 5 anos são considerados acima do peso ou obesos.
No ano passado, a Assembleia Mundial da Saúde adotou várias metas que devem ser cumpridas pelos países até 2025. Entre elas, estão a redução de 40% do número de crianças menores de cinco anos que sofram de nanismo, assim como, a diminuição de 50% dos casos de anemia entre as mulheres em idade reprodutiva.
Confira o texto e o áudio na Rádio ONU
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