Desaprovação à saúde no governo Dilma sobe para 77%, segundo CNI/Ibope
Apesar de a aprovação à presidente Dilma Rousseff ter se recuperado na pesquisa divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) em conjunto com o Ibope nesta sexta-feira (27), o levantamento mostra ainda um grande descontentamento da população em relação à saúde, área que apresentou maior rejeição: no total, 77% dos entrevistados afirmaram desaprovar as políticas e ações na área de saúde.
Em comparação ao mês de junho (período em que foi feita a última pesquisa sobre áreas específicas do governo e em que houve manifestações nas ruas em todo o Brasil), o descontentamento da população em relação à saúde subiu de 66% para 77%. O número de pessoas que aprovam a saúde no país caiu de 32% em junho para 21% em setembro. 1% da população não soube ou não respondeu à pesquisa.
Aprovação ao governo Dilma, por área
Aprova | Desaprova | Não sabe/não respondeu | |
Segurança pública | 24% | 74% | 2% |
Impostos | 22% | 73% | 5% |
Taxa de Juros | 23% | 71% | 6% |
Combate à inflação | 27% | 68% | 5% |
Educação | 33% | 65% | 2% |
Combate ao desemprego | 39% | 57% | 4% |
Meio ambiente | 41% | 52% | 7% |
Combate à fome e a pobreza | 51% | 47% | 2% |
Saúde | 21% | 77% | 1% |
- Fonte: CNI/Ibope. Margem de erro: 2 p.p.
Para Renato da Fonseca, gerente executivo de pesquisa do CNI, é difícil avaliar que o programa federal Mais Médicos tenha influenciado na desaprovação das pessoas em relação ao governo. “O Mais Médicos é um programa no início. Precisamos esperar os resultados para verificar a posição das pessoas em relação ao programa”, afirma.
Além de saúde, a pesquisa do CNI também avaliou outras oito áreas de atuação do governo. Destas, apenas combate à pobreza e fome apresentou saldo positivo. Neste quesito, 51% da população aprova e 47% desaprova a atuação do governo. 2% não responderam.
Em relação à educação, 65% das pessoas desaprovam as políticas e ações na área. Esse número era de 51% em julho. Entre os que aprovam as políticas de educação, o índice caiu de 47% em julho para 33% em setembro.
Outras áreas como segurança pública (74%), impostos (73%), taxa de juros (71%), combate à inflação (68%), combate ao desemprego (57%) e meio ambiente (52%) também tiveram alto índice de desaprovação na pesquisa.
A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos. A CNI/Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 14 e 17 de setembro.
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