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Desaprovação à saúde no governo Dilma sobe para 77%, segundo CNI/Ibope

Edgard Matsuki

Do UOL, em Brasília

27/09/2013 12h11

Apesar de a aprovação à presidente Dilma Rousseff ter se recuperado na pesquisa divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) em conjunto com o Ibope nesta sexta-feira (27), o levantamento mostra ainda um grande descontentamento da população em relação à saúde, área que apresentou maior rejeição: no total, 77% dos entrevistados afirmaram desaprovar as políticas e ações na área de saúde.

Em comparação ao mês de junho (período em que foi feita a última pesquisa sobre áreas específicas do governo e em que houve manifestações nas ruas em todo o Brasil), o descontentamento da população em relação à saúde subiu de 66% para 77%. O número de pessoas que aprovam a saúde no país caiu de 32% em junho para 21% em setembro. 1% da população não soube ou não respondeu à pesquisa.

Aprovação ao governo Dilma, por área

 AprovaDesaprovaNão sabe/não respondeu
Segurança pública24%74%2%
Impostos22%73%5%
Taxa de Juros23%71%6%
Combate à inflação27%68%5%
Educação33%65%2%
Combate ao desemprego39%57%4%
Meio ambiente41%52%7%
Combate à fome e a pobreza51%47%2%
Saúde21%77%1%
  • Fonte: CNI/Ibope. Margem de erro: 2 p.p.

 

Para Renato da Fonseca, gerente executivo de pesquisa do CNI, é difícil avaliar que o programa federal Mais Médicos tenha influenciado na desaprovação das pessoas em relação ao governo. “O Mais Médicos é um programa no início. Precisamos esperar os resultados para verificar a posição das pessoas em relação ao programa”, afirma.

Além de saúde, a pesquisa do CNI também avaliou outras oito áreas de atuação do governo. Destas, apenas combate à pobreza e fome apresentou saldo positivo. Neste quesito, 51% da população aprova e 47% desaprova a atuação do governo. 2% não responderam.

Em relação à educação, 65% das pessoas desaprovam as políticas e ações na área. Esse número era de 51% em julho. Entre os que aprovam as políticas de educação, o índice caiu de 47% em julho para 33% em setembro.

Outras áreas como segurança pública (74%), impostos (73%), taxa de juros (71%), combate à inflação (68%), combate ao desemprego (57%) e meio ambiente (52%) também tiveram alto índice de desaprovação na pesquisa.

A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos. A CNI/Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 14 e 17 de setembro.