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Exposição a fumaça de cigarro pode acelerar envelhecimento

Estudo aponta que a exposição a fumaça de cigarro e outras substâncias tóxicas pode pesar no envelhecimento - Nikolay Doychinov/AFP
Estudo aponta que a exposição a fumaça de cigarro e outras substâncias tóxicas pode pesar no envelhecimento Imagem: Nikolay Doychinov/AFP

Do UOL, em São Paulo

11/06/2014 06h00

A diferença entre envelhecer bem e ser um “acabado” precoce pode estar no meio em que se vive. A exposição a substâncias químicas como fumaça de cigarro ou o benzeno, usado para fazer solventes, pode acelerar o processo de envelhecimento, assim como as toxinas produzidas pelo próprio corpo em situações de estresse.

A medicina já considera que há diferença entre a idade cronológica e a idade biológica de uma pessoa. No futuro, exames de sangue avaliarão indicadores da idade molecular e poderão ajudar a explorar as diferenças entre trajetórias de envelhecimento. “Assim como agentes cancerígenos contribuíram para o estudo da biologia do câncer, agentes ‘gerontôgenos’ ajudam no estudo da biologia do envelhecimento”, afirma Norman Sharpless, cientista da Universidade de Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e co-autor do estudo, publicado no jornal Tendências em Medicina Molecular.

“Identificando e evitando os gerontôgenos, poderemos influenciar a qualidade e a expectativa de vida na sociedade”, diz Sharpless.

Segundo o pesquisador, a fumaça de cigarro é o gerontôgeno mais importante do ponto de vista da saúde pública: o fumo está relacionado ao desenvolvimento de câncer, arteriosclerose, fibrose pulmonar e outras doenças associadas ao envelhecimento. A quimioterapia é também um gerontôgeno forte, assim como a exposição contínua ao benzeno, usado para fazer solventes. A radiação UV, dos raios solares, é outro fator ambiental importante a contribuir para o envelhecimento. A proposta dos cientistas é estudar a ação de cada um desses gerontôgenos em mais detalhe para determinar como é possível evitar esse processo acelerado de envelhecimento.