Segundo exame em africano tem resultado negativo para ebola, diz governo
O resultado do segundo exame do guineano Souleymane Bah, 47, foi negativo para o vírus ebola. O teste foi realizado no Instituto Evandro Chagas, no Pará, mas o africano está internado em hospital da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro, depois de ser transferido de Cascavel (PR) na noite de sexta-feira (10). A informação foi dada pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro.
"A suspeita está descartada e o paciente será liberado da Fiocruz quando tiver alta. Recebemos há pouco o resultado do laboratório que confirma o resultado negativo para ebola", informou o ministro.
Um primeiro exame de Bah já havia dado negativo para a doença cuja epidemia já matou mais de 4.000 pessoas, a maioria na África ocidental. Um segundo exame para comprovar casos de ebola faz parte do protocolo preconizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), no qual é exigido que a suspeita de ebola seja comprovada em dois exames feitos com 48 horas de diferença.
Segundo o ministro, além de Bah, outras 64 pessoas que estavam sendo monitoradas por terem tido contato com o africano serão liberadas.
"O caso será descartado por meio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde)", disse Chioro.
O ministro disse manterá as medidas de prevenção da doença no país.
“Todas as medidas de prevenção e de vigilância em relação aoebola permanecem. Ao mesmo tempo que passamos tranquilidade à população, entendemos que se trata de uma enfermidade de risco pequeno, mas que não podem ser descartadas as medidas de prevenção”, afirmou o ministro.
Chioro afirmou, também, que vai aperfeiçoar medidas de prevenção em material conjunto com o Ministério do Turismo e prometeu que aumentará ações junto às Capitanias dos Portos e Ministério da Defesa, levando em conta o início da temporada de cruzeiros no país.
"É importante falar que nós não podemos relaxar das ações de vigilância que já estamos desenvolvendo", disse Chioro.
Preconceito
O ministro pede para que os brasileiros tratem Bah e seu compatriotas sem preconceito.
"Pedimos a todos os brasileiros que não manifestem qualquer tipo de preconceito com este ou qualquer cidadão", Chioro.
"Nossa principal arma é manter as pessoas informadas, até para que não exista preconceito", completou.
O africano saiu da Guiné em 19 de setembro, chegou ao Brasil por Guarulhos (SP) e, depois seguiu de ônibus até a Argentina. Ao voltar ao Brasil, permaneceu em Cascavel, no interior do Paraná, onde procurou por atendimento em uma UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) reclamando de febre e mal-estar na última quinta-feira (9).
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