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Após 5 casos de superbactéria, hospital suspende cirurgias em Nova Odessa

Fabiana Marchezi

Do UOL, em Campinas

24/10/2014 19h11

Após a confirmação de cinco casos da superbactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) em menos de dez dias, o Hospital Municipal e Maternidade Doutor Acílio Carreon Garcia de Nova Odessa (a 124 km de São Paulo) cancelou todos os procedimentos cirúrgicos programados para esta semana por medida de segurança. Apenas as cirurgias de emergência não foram suspensas. O primeiro caso foi confirmado no último dia 15.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Nova Odessa, um dos pacientes contaminados morreu no dia 17 de outubro em decorrência de complicações de uma pneumonia. Os outros quatro doentes estão isolados em uma ala da unidade médica e já teriam dado entrada no hospital contaminados.

Apesar de o hospital funcionar normalmente, a suspensão das cirurgias eletivas é uma forma de evitar novas contaminações. Ainda segundo a pasta, após a morte de um homem de 67 anos contaminado foram realizados exames em todos os pacientes internados no hospital. O idoso esteve internado anteriormente no Hospital Estadual de Sumaré, de onde recebeu alta, mas acabou desenvolvendo uma pneumonia em casa. Por causa disso, teve uma insuficiência respiratória e foi encaminhado a Nova Odessa, onde faleceu.

Os outros quatro infectados "são pessoas com a saúde debilitada e que passaram por outros hospitais recentemente, dando entrada no hospital municipal já contaminados", informou o órgão em nota. Eles estão em uma ala isolada da unidade. “Não há casos de contaminação por superbactéria registrados entre pacientes dentro do hospital”, ressaltou o comunicado.

A secretaria descarta a possibilidade de interdição do hospital e diz que "não há motivo para alarde", uma vez "todas as ações preventivas já foram tomadas desde a confirmação do primeiro caso", informou em nota.

Ainda segundo o órgão, as medidas fazem parte de um protocolo de segurança para evitar contaminações. As principais são o isolamento da ala onde estão os pacientes infectados, a lavagem completa do hospital, a suspensão de cirurgias e o fornecimento de equipamentos de proteção individual à equipe.

As cesarianas, realizadas na maternidade do hospital, também foram suspensas. A assessoria de imprensa ressaltou que o problema atual não impede a unidade de atender e receber novos pacientes, nem de transferir doentes para outros centros médicos. A previsão é de que as cirurgias sejam retomadas e reagendadas a partir da próxima semana.