Hoje é dia de celebração e gratidão, diz enfermeira curada do ebola nos EUA

Amber Vinson, uma das duas enfermeiras de um hospital da cidade de Dallas infectadas com ebola após cuidarem do primeiro paciente diagnosticado com a doença nos Estados Unidos, recebeu alta do Hospital Universitário Emory, em Atlanta, nesta terça-feira (28), após ser considerada livre do vírus, segundo médicos do hospital.

Ela estava internada na unidade da Georgia desde 15 de outubro.

"Depois de um rigoroso tratamento e de rigorosos testes, nós determinamos que a senhorita Vinson se recuperou de sua infecção pelo vírus ebola e que ela pode voltar para sua família, sua comunidade e sua vida sem a preocupação de que possa transmitir o vírus a qualquer indivduo ", disse Bruce Ribner, diretor da unidade de doenças transmissíveis graves do Hospital da Universidade de Emory.

Durante entrevista para jornalistas, ela agradeceu ao corpo médico do hospital de Atlanta e pediu privacidade para voltar ao Texas. O hospital alertou que ela não responderia a perguntas.

"Eu sou muito grata por estar bem e, antes de tudo eu quero agradecer a Deus", disse Vinson. "Embora este seja um dia de celebração e gratidão, peço que não percam o foco sobre as milhares de famílias que continuam a trabalhar sob o fardo desta doença na África Ocidental", acrescentou.

A enfermeira agradeceu ainda aos médicos missionários Kent Brantley e Nancy Writebol, que contraíram o vírus na Libéria, por terem doado plasma sanguíneo a ela e a outros doentes.

Médicos dos EUA estão usando o plasma  de curados do ebola por crer que eles produziram anticorpos contra o vírus que podem ajudar na cura.

Vinson faz parte dos profissionais de saúde do Hospital Presbiteriano de Dallas, que ajudou nos cuidados do liberiano Thomas Eric Duncan, morto em decorrência do ebola. Ao descobrir-se infectada, ela ficou isolada no hospital do Texas, mas depois foi transferida para Atlanta.

A outra enfermeira, Nina Pham, também foi declarada livre do vírus na semana passada e já deixou o hospital do Estado norte-americano de Maryland, onde estava internada. Antes, ela visitou o presidente dos EUA, Barack Obama, na Casa Branca, em Washington.

O número de mortos pela epidemia de ebola alcançou 4.922, de um total de 10.141 casos em oito países até 23 de outubro, afirmou a Organização Mundial de Saúde (OMS).