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Operação apreende doses da vacina da gripe vendidas irregularmente em GO

Karoly Arvai/Reuters
Imagem: Karoly Arvai/Reuters

Do UOL, em São Paulo

24/04/2018 17h59

Uma operação realizada pela Polícia Civil em parceria com a Vigilância Sanitária Estadual apreendeu 62 doses da vacina contra a gripe em Goiânia (GO) que estavam armazenadas em temperaturas inadequadas e nem tinham autorização para serem comercializadas.

Segundo a investigação, as vacinas eram vendidas pelo valor de R$ 80 e aplicadas em escolas e condomínios da capital de Goiás. As vendas eram realizadas por um representante da clínica PróVita, de São Bernardo do Campo (SP).

O UOL tentou contato com a clínica pelos telefones informados em seu site oficial, mas, até o fechamento desta nota, não teve sucesso. Ninguém atendeu a nenhuma das ligações feitas. 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informa que as vacinas estocadas de maneira inadequada podem trazer "sério risco à saúde da população" e sugere que os interessados na imunização deem preferência aos postos habilitados pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

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A campanha de vacinação contra a gripe teve início na segunda-feira (23) em todo o País. A meta do governo federal é imunizar 54 milhões pessoas até o dia 1º de junho, data prevista para o término da mobilização nacional.

A imunização gratuita, no entanto, é restrita ao chamado grupo prioritário, que, segundo o Ministério da Saúde, é mais suscetível ao agravamento de doenças respiratórios.

Esse grupo inclui pessoas acima de 60 anos, crianças com idade entre seis meses e cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade - entre eles, adolescentes de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e funcionários do sistema prisional.

De acordo com o Ministério da Saúde, também estão aptos a tomar a vacina os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais. Este público deve apresentar uma prescrição médica no ato da vacinação. 

Possíveis reações

Os eventos adversos da vacina mais frequentes, segundo Sociedade Brasileira de Imunização,  ocorrem no local da aplicação. Dor, vermelhidão e endurecimento são comum em 15% a 20% dos vacinados. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas.

Já as manifestações sistêmicas são mais raras. Febre, malestar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados, de 6 a 12 horas após a vacinação e persistem por 1 a 2 dias, sendo mais comuns na primeira vez em que tomam a vacina.

Em caso de sintomas não esperados (febre muito alta, reação exagerada, irritabilidade extrema, sinais de dor abdominal, recusa alimentar, sangue nas fezes, entre outros) é recomendado procurar imediatamente o médico ou serviço de emergência para atendimento.