Ministro: coronavírus preocupa no Carnaval, mas não tem como parar a vida
Em entrevista ao programa Bastidores do Poder, da Rádio Bandeirantes, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou sobre a situação atual do coronavírus e afirmou que o momento é de tranquilidade no Brasil.
Ainda sem casos confirmados, o ministro ressaltou que não há motivo para pânico, apesar de não ser possível saber como o vírus se comportará no país.
"O vírus pode agir de maneira diferente na China, no bioma, no ecossistema chinês em relação ao brasileiro, que é um país tropical, que está no verão, temos sol, temperatura elevada. Temos algumas perguntas sem respostas, mas o momento é de calma, tranquilidade", explicou.
Mandetta afirmou que o Brasil já está se preparando para possíveis manifestações do coronavírus.
"O Brasil tem um sistema de saúde muito grande. A vigilância em saúde é um dos pontos fortes do Sistema Único de Saúde. Na parte de atendimento à população temos dificuldade porque se as pessoas forem todas em unidades de saúde não tem sistema que dê conta, então estamos dimensionando isso, prevendo que podem haver casos, organizando respiradores, máscaras, equipamentos de proteção individual e vamos atravessar como atravessamos outras epidemias de gripe, cada um fazendo a sua parte", disse.
Perguntado se há uma preocupação das autoridades de saúde com o Carnaval devido ao fluxo alto de pessoas e turistas que circulam dentro do território nacional, a autoridade afirmou que não há nenhuma orientação especial.
"O mundo não tem mais fronteiras. Preocupa? Preocupa sim o Carnaval. Nós temos centenas de navios que virão na nossa costa durante o Carnaval, temos voos internacionais. Não existe recomendação específica. A recomendação é lavar as mãos, fazer o máximo de higiene. Enfim, ter bom senso porque existe um vírus novo no mundo [...] Não tem como a gente parar a vida", complementou.
Fronteira com a Venezuela
Sobre a preocupação da fronteira com a Venezuela, que vive um caos na saúde e não teria condições de se proteger do coronavírus, o ministro contou que a questão está sendo acompanhada de perto.
"Um país que tem um sistema de saúde tão frágil como esta, se aumentar o número de casos, vai ter um êxodo maior do que já tem. Mais pessoas vão procurar sair daquele país, então tem todo um cuidado com o nosso frágil sistema de saúde em Roraima e Manaus, que é o caminho de deslocamento daquelas pessoas. O ministro da defesa está junto, trabalhando uma logística de inteligência para fronteira [...] Temos que estar muito atentos para proteger os nossos cidadãos, finalizou.
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