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Sem casos suspeitos, Amapá pede Forças Armadas para conter coronavírus

Antonio Waldez Góes da Silva, governador do Amapá - Mateus Bonomi - 20.nov.2019/Agif/Estadão Conteúdo
Antonio Waldez Góes da Silva, governador do Amapá Imagem: Mateus Bonomi - 20.nov.2019/Agif/Estadão Conteúdo

Flávio Costa

Do UOL, em São Paulo

08/03/2020 19h13

Resumo da notícia

  • Governo quer ajuda das Forças Armadas para controlar fluxo de pessoas na fronteira
  • Amapá não tem casos suspeitos ou descartados da doença
  • A Guiana Francesa, país vizinho, tem cinco casos confirmados
  • Estado do Pará, que faz divisa com o Amapá, investiga três suspeitas

Mesmo sem casos suspeitos ou mesmo descartados de contágio por coronavírus, o governo do Amapá pediu ao Ministério da Defesa apoio formal do Exército e Marinha para controle de fluxo de pessoas na fronteira com a Guiana Francesa.

O país vizinho tem cinco casos confirmados. Por sua vez, o estado do Pará, que faz divisa com Amapá, tem três casos suspeitos que estão sob análise de autoridades da saúde pública.

No ofício assinado na última quarta-feira (4), o governador Antônio Waldez Goés da Silva afirma ao ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, que o estado está adotando as medidas previstas no plano de contenção aprovado pelo Ministério da Saúde. O documento prevê ações de vigilância na área de saúde e controle do fluxo de pessoas na fronteira entre o Brasil e Guiana Francesa.

Amapá - Reprodução - Reprodução
Ofício do governador do Amapá pede reforço das Forças Armadas às ações contra coronavírus
Imagem: Reprodução

"Solicitamos que Vossa Excelência autorize o apoio formal do Exército e da Marinha do Brasil às referidas ações, o que se configura indispensável para o êxito do plano de contenção", lê-se no ofício. Ainda não há confirmação oficial sobre a resposta do Ministério da Defesa.

Brasil tem 25 casos de coronavírus

Subiu para 25 o número de casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no Brasil, de acordo com balanço divulgado na tarde deste domingo pelo Ministério da Saúde.

São 16 casos em São Paulo, três no Rio de Janeiro, dois na Bahia, um em Alagoas, um no Espírito Santo, e um no Distrito Federal. Em relação ao boletim anterior, divulgado no sábado, são seis novos casos: três em São Paulo, um no Rio e um em Alagoas e um em Minas Gerais.

Houve um novo caso de transmissão local, em que é possível acompanhar a trajetória do caso, em São Paulo, subindo para 4 o número desse tipo de ocorrência.

Há 664 casos suspeitos e 632 já foram descartados. A maior parte dos suspeitos se encontra em São Paulo (176), em Minas Gerais (123), no Rio de Janeiro (110) e no Rio Grande do Sul (88).

O caso do DF é um dos que mais chamam a atenção pela gravidade. Uma mulher, de 52 anos, está em isolamento na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília. A avaliação é de que uma doença crônica preexistente possa ter agravado seu quadro, que é grave.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, neste domingo pela manhã ela tinha apresentado uma "discreta melhora do quadro respiratório".

O primeiro caso de coronavírus no País foi notificado em 26 de fevereiro. Trata-se de um empresário de 61 anos que esteve na região da Lombardia, na Itália, em fevereiro.

O Ministério da Saúde reforçou ainda que começará a campanha nacional de vacinação contra gripe com a população idosa. A medida já tinha sido anunciada pelo ministro Luiz Henrique Mandetta, no final de fevereiro.

A ideia é proteger de forma antecipada esse público de vírus respiratórios mais comuns e evitar que estejam expostos ao Covid-19 em um momento de maior probabilidade de circulação do vírus (outono e inverno), o que pode ocorrer durante seus deslocamentos. A primeira etapa começa no dia 23 de março.