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Dona de farmácia é presa por tentar vender remédio 'anticoronavírus' na PB

Proprietária de farmácia em João Pessoa foi presa após anunciar venda de medicamento "anticoronavírus" - Divulgação/Ministério Público
Proprietária de farmácia em João Pessoa foi presa após anunciar venda de medicamento "anticoronavírus" Imagem: Divulgação/Ministério Público

Colaboração para o UOL, em João Pessoa

09/03/2020 20h17

Uma mulher, proprietária de uma farmácia de manipulação em João Pessoa (PB), foi presa em flagrante na tarde de hoje após denúncias apontarem que o estabelecimento estava anunciando a comercialização de um medicamento que prometia prevenir o coronavírus.

Após a propaganda ser publicada em um perfil do estabelecimento no Instagram, o local foi interditado após passar por vistoria do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério Público (MP-Procon), das Vigilâncias Sanitárias do Estado (Agevisa), da Polícia Civil e da Receita Estadual.

"A melhor solução para o tão temido coronavírus é se prevenir aumentando sua imunidade. Por isso, trouxemos para vocês um poderoso complexo para dá aquele UP na sua imunidade e não deixar esses vírus nem passar perto de você", prometia o anúncio feito pela farmácia.

Fármacia em João Pessoa anunciou remédio "anticoronavírus" em seu perfil no Instagram - Divulgação/Ministério Público - Divulgação/Ministério Público
Fármacia em João Pessoa anunciou remédio "anticoronavírus" em seu perfil no Instagram
Imagem: Divulgação/Ministério Público

A propaganda ainda mostrava os compostos do medicamento, dentre os quais estão extrato de semente de uva, vitamina A e resveratrol.

Segundo o Ministério Público, não foram encontrados frascos do medicamento, que estava sendo vendido pela internet. O órgão não informou quantas pessoas teriam comprado o medicamento.

A dona da farmácia, que também é perita da Polícia Civil, foi presa em flagrante. Já o estabelecimento foi interditado porque a licença sanitária estava vencida. Durante a operação, as autoridades também identificaram várias substâncias com prazo de validade expirado. Ainda de acordo com o Ministério Público, a farmácia utilizava matéria-prima vencida para fazer as fórmulas.

A dona do estabelecimento alegou aos policiais que tudo não passou de um mal-entendido e que a postagem que anunciava o produto teria sido feita erroneamente por uma empresa de marketing contratada para fazer a propaganda do estabelecimento. A reportagem tentou entrar em contato com a acusada por três números de telefone vinculados à farmácia, mas as ligações não foram atendidas.

Segundo as autoridades em saúde, ainda não existem medicamentos capazes de combater ou evitar o coronavírus. Até esta segunda-feira, a Paraíba contabiliza quatro casos suspeitos de coronavírus.