Planos de saúde deverão cobrir exame para coronavírus, diz governo
Os planos de saúde serão obrigados a pagar pelos exames para a detecção do novo coronavírus feitos por seus segurados, informou hoje o Ministério da Saúde.
Segundo o secretário-executivo do Ministério, João Gabbardo dos Reis, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) está elaborando uma resolução para incluir o teste para o coronavírus entre os procedimentos de cobertura obrigatória. A nova regulamentação deve ser publicada ainda essa semana, segundo Gabbardo.
"Em relação ao exame, não é uma portaria do Minsitério da Saúde que coloca esse exame no rol de procedimentos da Agência [Nacional de Saúde]. É a Agência que através de uma resolução de diretoria inclui esse procedimento. Isso vai ser feito, nós falamos hoje com a diretoria da ANS", afirmou o secretário-executivo.
"A diretoria vai fazer uma resolução incluindo isso imediatamente, acredito que nas próximas 48 horas isso já esteja resolvido", disse Gabbardo.
Segundo o secretário, hoje os planos estão autorizados a cobrar o exame dos segurados e os testes já realizados não deverão ser ressarcidos. Apenas os realizados após a publicação da resolução da ANS estarão dentro da cobertura.
O Ministério da Saúde realizou hoje uma entrevista coletiva com a imprensa para informar sobre a situação do coronavírus no país.
Atualmente, há 34 casos confirmados no Brasil e 893 casos suspeitos. Outros 780 casos já tiveram a suspeita descartada.
O Ministério da Saúde anunciou hoje que vão ser liberados R$ 900 milhões para reforçar o caixa de prefeituras que queiram estender o horário de funcionamento dos postos de saúde, passando de 8 horas diárias para 12 horas diárias de funcionamento.
O objetivo é reforçar os atendimentos nos postos de saúde, evitando a superlotação de hospitais.
Segundo o Ministério, 90% dos casos de coronavírus podem ser tratados nos postos de saúde. Isso porque a maioria dos pacientes apresentam apenas um quadro leve de gripe.
Hoje, cerca de 1,5 mil postos de saúde, das 42 mil unidades em todo o país, já atendem com o horário ampliado de 12 horas de funcionamento. O reforço no caixa do municípios pode ampliar esse número para até 6,7 mil postos, segundo o Ministério.
O secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, afirmou que a verba extra será liberada aos municípios a medida que avance o número de casos confirmados da doença em cada região.
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