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Igrejas cortam abraço e oração de mãos dadas para manter missas, diz CNBB

Igrejas cortam abraço e oração de mãos dadas para manter missas, diz CNBB - Markus Schreiber/AP
Igrejas cortam abraço e oração de mãos dadas para manter missas, diz CNBB Imagem: Markus Schreiber/AP

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

13/03/2020 21h38

Nada de abraço da paz, rezar de mãos dadas ou receber hóstia na boca. Para os católicos, a chegada do coronavírus vai mudar o rito das missas realizadas pelo país. Em nota, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) informou hoje não vai indicar normas para as dioceses e que cabe a cada entidade local indicar as providências necessárias. Não há qualquer recomendação ou exemplo de cancelamento de missas por conta da doença.

Entretanto, a CNBB cita as orientações dadas hoje pelo Ministério da Saúde e informa que "está acompanhando atentamente o cenário de avanço do coronavírus no país e as orientações sanitárias das autoridades médicas e governos."

Segundo a entidade máxima da Igreja Católica no Brasil, a grande maioria das dioceses pelo país está adotando três medidas básicas em comum para evitar a propagação do coronavírus: "Não realizar o 'abraço da paz', evitar segurar nas mãos na oração do Pai Nosso e orientar os fiéis a receberem a hóstia na mão na hora da comunhão."

Outra medida citada na nota, e adotada por dioceses, é a recomendação para que os fiéis não façam contato com a água benta presente em algumas paróquias.

Segundo a CNBB, cabe aos bispos "orientarem seus diocesanos a observarem as regras de higiene compatíveis com o momento, o que vem acontecendo desde a divulgação da chegada do vírus no país."

Ainda na nota, a CNBB cita como exemplo o caso de Brasília, onde o cardeal Sérgio da Rocha informou que eventos com previsão de grande número de pessoas serão adiados, mas as missas continuam a ser celebradas.