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Mesmo sem covid-19, Bolsonaro não se aproxima do público ao deixar Alvorada

Presidente Jair Bolsonaro acena ao deixar o Palácio da Alvorada - ADRIANO MACHADO
Presidente Jair Bolsonaro acena ao deixar o Palácio da Alvorada Imagem: ADRIANO MACHADO

Do UOL, em Brasília

13/03/2020 15h19Atualizada em 13/03/2020 16h09

Resumo da notícia

  • Sem máscara, presidente manteve-se a 5 metros de grupo de apoiadores
  • Bolsonaro não se aproximou para tirar fotos
  • Presidente diz que 'vida continua' e que tem 'grandes desafios'
  • Resultado de exame divulgado hoje foi negativo para o novo coronavírus

Mesmo com resultado negativo para o novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixou o Palácio do Alvorada na tarde de hoje sem se aproximar das cerca de 20 pessoas que estavam no cercadinho montado junto ao portão de entrada. Ele não estava usando máscara.

O público entendeu e respondeu que Bolsonaro estava correto em ser prudente. Durante toda a interação, o presidente ficou a cerca de cinco metros distante da cerca que o separava das pessoas. Nem quando houve pedidos para dar uma passo à frente para aparecer melhor nas fotos ele saiu do lugar.

Geralmente, quando deixa o Alvorada rumo ao Planalto ou para outros eventos, o presidente conversa por alguns instantes com apoiadores que se reúnem para vê-lo e cumprimentá-lo.

Bolsonaro falou que a vida segue normalmente e ressaltou que tem grandes desafios pela frente. Mas não mencionou os problemas econômicos que o covid-19 está causando.

O presidente permaneceu dois minutos no local e em momento algum se dirigiu à imprensa. Ele recebeu uma oração de uma mulher que viajou do Rio de Janeiro para vê-lo e mandou abraços para Lagoa da Prata (MG) e Curitiba, cidades de pessoas do público.

A suspeita de que Bolsonaro estaria com covid-19 existia porque o secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten, está contaminado com o vírus e acompanhou o presidente em viagem de quatro dias aos Estados Unidos.

Além de Bolsonaro, também testaram negativo para o coronavírus um de seus filhos, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e o ministro do Gabinete Institucional de Segurança, general Augusto Heleno, segundo ambos anunciaram via redes sociais.

Na noite de quinta (12), Bolsonaro fez sua live semanal no Facebook usando uma máscara sobre o nariz e a boca. Ele estava ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e de uma intérprete de Libras, que também utilizavam a proteção. No vídeo, pediu o adiamento das manifestações marcadas para o domingo (15).

"Devemos evitar que haja uma explosão de pessoas infectadas, porque os hospitais não dariam vazão a atender tanta gente. Se o governo não tomar nenhuma providência, o sistema não suporta. E problemas acontecem. Acaba morrendo gente por outro motivo e vão dizer que é o coronavírus. Como presidente da República, tenho que tomar uma posição. Se bem que o movimento não é meu, é espontâneo e popular", disse na ocasião.