Ministério da Saúde defende cultos virtuais após Bolsonaro abrir templos
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirmou hoje que a recomendação da pasta para os eventos religiosos não se alterou e permanece a mesma: não há a necessidade de fechamento dos templos, mas não é recomendada a realização de eventos religiosos que promovam a aglomeração de pessoas, como missas e cultos presenciais.
Para isso, ele defendeu a realização de missas e cultos pela internet, com o auxílio das redes sociais.
Segundo Gabbardo, a orientação técnica do Ministério não mudou com o decreto publicado hoje pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para garantir a abertura dos templos contra eventuais restrições dos governos locais.
Em decreto publicado hoje, o presidente ampliou a lista de serviços considerados essenciais e incluiu templos religiosos e lotéricas. Dessa forma, esses locais poderão funcionar apesar de restrições impostas por governos estaduais e municipais para conter a proliferação do novo coronavírus no país.
"Nossa orientação continua a mesma, o ministro já disse isso duas ou três vezes. Nós não recomendamos o fechamento das igrejas, o que nós recomendamos sim é que não se faça aglomeração", disse Gabbardo.
"O que nós estamos recomendando é que os padres, os pastores, façam seus cultos, as suas missas de preferência usando as redes sociais, usando internet, sem a presença física", afirmou.
Segundo o secretário, não há problema em frequentar os templos religiosos desde que isso seja feito sem a presença de um grande número de pessoas no local. "Quem sentir necessidade, que faz bem para ele ir lá rezar, individualmente, deve continuar [indo]. Essa é a orientação do Ministério da Saúde", disse Gabbardo.
O decreto publicado hoje atualizou o do dia 20 de março, em que o presidente estabeleceu regras "sobre o funcionamento de serviços públicos e atividades essenciais". Os templos e as lotéricas não constavam naquela relação.
A decisão de Bolsonaro tem validade imediata e não precisa de aprovação do Congresso Nacional. Ela ocorre em meio à polêmica causada pelo presidente ao minimizar a doença, classificando-a como uma "gripezinha" e pedindo que as pessoas voltem a circular, algo criticado por médicos, especialistas e lideranças mundiais.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.