Pacientes internados com coronavírus têm carência de vitamina D, diz médico
Resumo da notícia
- Estudo italiano aponta que tomar sol ajuda, mesmo na janela, durante quarentena
- O documento mostra que a vitamina demonstrou ser um apoio no tratamento, mas não é cura
- A vitamina pode ser de grande ajuda na prevenção da doença
Cientistas da Universidade de Turim, na Itália, apresentaram um estudo que aponta que o consumo de vitamina D pode ajudar a aumentar a imunidade das pessoas. Ainda segundo o estudo, tal medida, em conjunto com as medidas gerais de prevenção, poderia "determinar uma maior resistência à infecção" pelo novo coronavírus, embora não exista nenhuma prova científica da questão. O resumo do trabalho submetido à Academia de Medicina de Turim foi publicado, em italiano, no site da universidade.
O estudo, de autoria dos professores de geriatria Giancarlo Isaia e de histologia Enzo Medico, foi submetido aos membros da Academia de Medicina de Turim, que consideraram os primeiros resultados "muito interessantes", afirma reportagem do jornal italiano "La Repubblica".
A reportagem do jornal italiano conversou com o médico Giorgio Bocca, que é professor na Universidade de Turim, mas não é ligado ao estudo, e o profissional indicou que os primeiros dados coletados indicam que muitos pacientes hospitalizados por covid-19 apresentam falta de vitamina D.
Banho de sol
"A compensação por essa ampla deficiência de vitamina pode ser alcançada principalmente pela exposição à luz solar, tanto quanto possível, mesmo em varandas e terraços, alimentando-se de alimentos ricos em vitamina D e, sob supervisão médica, tomando suplementos específicos", afirmam os pesquisadores.
A análise, também realizada seguindo as recomendações recentes da Associação Dietética Britânica, investigou o papel que a falta de vitamina D poderia desempenhar, o que na Itália afeta grande parte da população, especialmente os idosos, nessa pandemia.
Ajuda na prevenção
No documento, os autores sugerem aos médicos, em associação com as conhecidas medidas gerais de prevenção, garantir níveis adequados de vitamina D na população, "mas, sobretudo, naqueles já infectados, em seus familiares, nos profissionais de saúde, em idosos frágeis, nos moradores de asilos, nas pessoas que estão em quarentena e em todos aqueles que, por várias razões, não se expõem adequadamente à luz solar".
Além disso, a administração da forma ativa de vitamina D, calcitriol, por via intravenosa, em pacientes com coronavírus e com função respiratória particularmente comprometida também pode ser considerada.
"Essas indicações derivam de inúmeras evidências científicas - escrevem os professores - que demonstraram um papel ativo da vitamina D na modulação do sistema imunológico, a associação frequente da carência de vitamina D com inúmeras patologias crônicas que podem reduzir a expectativa de vida em idosos."
A vitamina D também contribui para reduzir o risco de infecções respiratórias de origem viral, incluindo as infecções causadas pelo coronavírus. A vitamina também tem a capacidade de neutralizar os danos pulmonares causados pela infecção do vírus nos pulmões.
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