Em meio à pandemia, Bolsonaro perde 3 ministros em menos de um mês
Em meio à pandemia do coronavírus, o governo federal perdeu três ministros em 29 dias. Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich deixaram o Ministério da Saúde neste intervalo de tempo, após desgastes com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e divergências em relação ao combate à covid-19.
Entre uma demissão e outra na Saúde, Sergio Moro, que comandava a pasta da Justiça e Segurança Pública, pediu demissão em razão de supostas interferências de Bolsonaro no trabalho do ministério e em nomeações estratégicas na PF (Polícia Federal).
A crise política aberta com alguns dos principais ministros do governo acontece em meio à crise com governadores e ao ápice da contaminação pelo coronavírus no Brasil.
Cronologia das demissões
- 16/04 - Mandetta anunciou pelas redes sociais que foi demitido do cargo de ministro da Saúde após uma série de embates com Bolsonaro
- 24/04 - Moro pede demissão após embates com Bolsonaro por supostas interferências no Ministério da Justiça e Segurança Pública e influência de Bolsonaro em cargos estratégicos
- 15/05 - Teich anuncia a saída do Ministério da Saúde após divergências com o presidente em relação a protocolo de uso da cloroquina
Demissões em meio ao pico da doença
Segundo boletim divulgado ontem (14) pelo Ministério da Saúde, foram contabilizados 202.918 casos confirmados de covid-19 no país. Em 24 horas, foram 13.944 novos diagnósticos.
O número é o pior registrado, ultrapassando a maior marca, atingida na quarta-feira (13), de 11.385 confirmações em um dia.
O número de mortes atualizado é de 13.993, com 844 óbitos confirmados nas 24 horas que antecedem o levantamento.
Os estados com mais registros de covid-19 não mudaram de posição: São Paulo, o mais afetado pela doença, foi quem mais contabilizou novos casos nas últimas 24 horas (3.189), seguido por Pernambuco (1.921) e Amazonas (1.365).
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