Governo suspende contratos no exterior para compra de respiradores
O empresário Carlos Wizard, novo secretário do Ministério da Saúde, afirmou hoje que todos os contratos firmados no exterior para compras de respiradores foram suspensos. Segundo ele, a indústria nacional dará conta da demanda necessária para o combate ao coronavírus no Brasil.
"Fiz um trabalho gigantesco de prospecção de mercado nacional e internacional. E estipulamos que não pagaríamos mais de US$ 10 mil por aparelho. Quando passamos a estudar o cenário, os aparelhos que estavam vindo da China, Alemanha, Inglaterra... estavam por US$ 20 mil, US$ 30 mil", disse em entrevista para a "CNN".
"A partir daí, eu recomendei puxar o freio de mão e nós fortalecemos a indústria nacional para privilegiar o nosso parque industrial. Mês passado a indústria nacional entregou 1.622 respiradores. De forma que todo e qualquer contrato previsto com mercado internacional foi cancelado e a própria indústria está conduzindo o que precisamos."
Wizard afirmou que foi convidado pelo general Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde após a saída de Nelson Teich, justamente pela experiência do empresário com a área de gestão de mercado.
"A missão é: temos 90 dias para cuidar da pandemia e estamos comprometidos. Pode se estender? Acredito que sim, porque efetivamente em 90 dias não vamos acabar com a pandemia e todos os sinais por parte dos municípios e estados", complementou o secretário.
O empresário também afirmou que o objetivo da pasta é "diminuir o número de óbitos, aumentar a proteção do população e trazer indicações médicas que venham resguardar tanto profissionais saúde quando da população geral".
Governo busca novos contratos
Mesmo que os contratos internacionais tenham sido cancelados, o governo brasileiro segue em busca de novas oportunidades para adquirir respiradores no exterior.
Na coletiva de imprensa do Ministério da Saúde, o secretário-executivo adjunto, Élcio Franco, afirmou que a pasta segue fazendo "todo o esforço possível" para atender as regiões mais afetadas pela doença.
"Estão sendo tentados outros contratos com instituições fora do país. Então nós temos dificuldade de logística, mas estamos denotando todo o esforço possível para atender toda a demanda de estados de municípios", disse o secretário-executivo.
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