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Governo nomeia indicado pelo centrão para secretaria de Vigilância da Saúde

Arnaldo Correia de Medeiros substitui o braço-direito do ex-ministro Mandetta - Reprodução/Youtube
Arnaldo Correia de Medeiros substitui o braço-direito do ex-ministro Mandetta Imagem: Reprodução/Youtube

Do UOL, em São Paulo

05/06/2020 09h27

O governo federal nomeou hoje Arnaldo Correia de Medeiros como o novo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A nomeação apareceu no Diário Oficial da União e foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Braga Netto. O nome é uma indicação do PL, partido que integra o grupo do centrão no Congresso.

Medeiros substitui o ex-secretário Wanderson Kleber de Oliveira, considerado o braço-direito do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) e defensor do isolamento social. Wanderson deixou o Ministério da Saúde na semana passada, quando o general Eduardo Pazuello já era o titular da pasta, após mais uma troca no comando, com a saída de Nelson Teich.

A secretaria que será assumida por Medeiros tem a função de acompanhar a evolução da pandemia do coronavírus no país e planejar medidas de prevenção. Desde a saída de Wanderson, Eduardo Macário vinha ocupando o cargo interinamente.

O novo secretário de Vigilância é professor da UFPB (Universidade Federal da Paraíba) e também formado em Ciências Farmacêuticas pela instituição. Medeiros tem mestrado em Bioquímica e Imunologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e doutorado em Bioquímica pela USP (Universidade de São Paulo). Também tem especialização em gestão hospitalar pelo Hospital Sírio-Libanês e passagem pelo Imperial Cancer Research Foundation, de Londres.

O antecessor de Medeiros no cargo deixou o governo após chegar a tirar uma licença com a saída de Mandetta. Wanderson era servidor do Ministério da Saúde há 15 anos e divulgou uma carta de despedida um dia após seu pedido de demissão, na qual afirmou metaforicamente que encontrou "uma pedra no meio do caminho".

Mandetta e Wanderson eram defensores do isolamento social como principal medida de controle da epidemia no país. A posição era antagônica à do presidente Jair Bolsonaro, que defende um "isolamento vertical", apenas para pessoas no grupo de risco da covid-19.