Presidente da OAB reage a governo esconder dados da covid: "letal vexame"
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, reagiu a decisão do governo federal de não revelar mais o total de mortos e casos confirmados da covid-19 no Brasil classificando o comportamento como "um perigoso e letal vexame". No twitter, ele também reclamou da anuência do ministro interino da Saúde, general do Exército Eduardo Pazuello.
"O Ministério da Saúde não adverte mais. Acéfalo e militarizado, presta-se ao papel de empoeirar e retardar informações sérias sobre a pandemia, apenas para satisfazer o apetite conspiratório do presidente e sua batalha pessoal contra a imprensa livre. Um perigoso e letal vexame".
O governo federal passou a dificultar o acesso às informações relativas à pandemia. Primeiro, mudou o horário de divulgação dos números, passou a reduzir as entrevistas coletivas e em seguida revelou os números depois dos telejornais noturnos, os principais das emissoras de televisão. Neste sábado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou que não são mais informados o total de mortos e infectados pela covid-19.
As mudanças acontecem ao final de uma semana em que o Brasil registrou recordes de mortes. O Ministério da Saúde justificou que a alteração evitaria erros na computação dos dados. O presidente deu uma explicação diferente: "Acabou matéria no Jornal Nacional", declarou na sexta-feira, primeiro dia em que o novo modelo foi usado.
O ex-ministro da Saúde, Luiz Mandetta, foi outro que criticou a decisão. Ele vinculou a mudança a obediência militar - o ministro interino é general do Exército - e disse que se trata de uma "lealdade burra". Outra medida anunciada pelo governo federal é recontar os mortos "fantasiosos" da covid-19. A afirmação que levanta suspeita sobre as estatísticas oficiais foi feita sem apresentação de nenhuma prova.
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